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terça-feira, 13 de novembro de 2007

SER CRIANÇA É SER FUTURO

(Marilza de Castro)

Hoje, lembrei meus tempos de criança e de magistério. Acabei de ler dois livros de Literatura Infantil que me reportaram ao prazer de minhas leituras e escritas de histórias infantis, a meus tempos de professora de curso primário, como se dizia na época e a meus tempos de professora de Literatura Infantil para o 3º. Ano de Curso Normal da Escola Normal Carmela Dutra, onde e quando as normalistas aprendiam a como incentivar, desenvolver, nas crianças, o gosto pela literatura infantil, o nosso folclore, principalmente as brincadeiras infantis, que a vida moderna, com sua falta de tempo e de espaço adequado às crianças, está deixando para trás, a cair no esquecimento...
Os aldravistas de Mariana, Ipatinga e outras cidades mineiras estão nos trazendo de volta àquele tempo antigo em que a família girava em torno dos filhos, cumprindo assim sua missão para com os pequenos rebentos gerados, em que o folclore infantil era herança passada de pai para filho, complementada ela pela ação dos professores, que da mesma maneira agiam no campo da saúde, educação, cultura e lazer,fazendo com que as crianças crescessem, além de mais saudáveis, capazes também de refletir, dentro de seu entender infantil, mas muito capaz, sobre os problemas naturais da vida, conhecendo e respeitando a forma ideal de atuar dentro da vida... sem perder sua infância, sem deixar de ser criança, que se tornaria depois um adulto maduro, consciente de seus direitos e deveres...
O trabalho realizado por esse grupo idealista e que tem a devida noção de que investir no desenvolvimento da criança é investir no futuro da Nação, da humanidade, é realmente para se admirar. O Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais – InBrasCI esteve em Minas Gerais e comprovou a qualidade do trabalho que realizam em vários campos culturais, tanto que o referido grupo foi imediatamente convidado a participar do trabalho do InBrasCI, desenvolvendo-o em Minas Gerais, fundando a Governadoria do InBrasCI em Minas, sendo Governadora a poetisa e artista plástica internacional Andréia Donadon Leal; ao virem ao Rio para a devida Posse da Governadora, tiveram a gentileza de nos presentear com alguns livros de autores do grupo, que iniciei a leitura; entre eles, “Jenipapo”, de J.S.Ferreira, poesia para criança e “Mariana Catibiribana”, de Nena de Castro, história infantil que incentiva o uso de trava-língua.
Confesso que a visão interior e a leitura desses dois livros, adequados à criança já alfabetizada, em torno da idade mental de 7,8 e 9 anos, ou que podem bem ser usados pelos professores e contadores de história, inebriou-me... Apesar de aposentada como professora desde alguns anos, a primeira visão dos mesmos dá-nos perfeita idéia de que estão plenamente editados dentro das normas de um livro de literatura infantil para crianças dessa faixa etária, tanto o texto, quanto a ilustração, ambos devidamente dispostos no contexto.
A doçura e a graciosidade do conteúdo literário e plástico desses livros é algo de mágico, que nos transporta ao mundo do encantamento, trazendo à tona a criança que em nós reside e dá-nos a certeza de que nada está totalmente perdido nesse nosso Mundo de tanta dissolução e desamor, que basta que nós façamos como esses aldravistas, vamos investir na Cultura, vamos dedicar-nos ao cultivo dessas nossas crianças, como quem cultiva a orquídea mais bela, sensível e rara, pois elas nos retornarão com as suas melhores flores, perfumando e enfeitando a vida... construindo um ambiente de muito amor, paz e sabedoria...
Os referidos livros são tão encantadores, que, para encerrarmos esse nosso comentário, sentimos a necessidade de repetir seus títulos e autores, bem como também seus ilustradores, tão bons quanto os autores, ressaltando-se ainda que o formato, o material utilizado, as cores, tamanho e formato das letras, todos os mínimos detalhes foram observados, para que essas obras ficassem perfeitas. Dêem às suas crianças: “Mariana Catibiribana”, de Nena de Castro, com ilustração de Siderlino Santiago; “Jenipapo”, de J.S.Ferreira, com ilustração de Rosane Dias.
Parabéns, meus amigos, continuem esse trabalho maravilhoso e levem outros autores a seguirem seus passos. Outros livros recebi desse grupo e assim que os tiver lido, trar-lhes-ei minhas impressões, mas pelo que já conheço desses meninos e meninas aldravistas, tenho certeza que todas as obras serão de me deixar transportada, “de cabeça”, para dentro desse seu mundo das Letras Aldravistas, sejam elas para crianças ou adultos.