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quarta-feira, 19 de março de 2008

[Mensagens_LunaeAmigos] Concursos de Poesias

From: luizantoniocardoso@gmail.com

Informo que estamos promovendo 18 concursos de poesias, para servidores do sistema prisional paulista, no âmbito da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral, com sede em TAUBATÉ-SP, onde idealizei o projeto-mor AGENDA CULTURAL COREVALI, do qual sou Supervisor Geral.

Eis os Concursos em fase de inscrições:
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária I de Potim-SP;
- III Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária II de Potim-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária "Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra" de Tremembé-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária "Dr. José Augusto César Salgado" de Tremembé-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" de Tremembé-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Progressão Penitenciária "Dr. Edgard Magalhães Noronha" de Tremembé-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Detenção Provisória "Dr. Félix Nobre de Campos" de Taubaté-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico "Dr. Arnaldo Amado Ferreira" de Taubaté-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Detenção Provisória de São José dos Campos-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Detenção Provisória de Mogi das Cruzes-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Detenção Provisória de Suzano-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Detenção Provisória "Luis César Lacerda" de São Vicente-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária I de São Vicente-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Penitenciária II de São Vicente-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Detenção Provisória de Praia Grande-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários do Centro de Progressão Penitenciária "Dr. Rubens Aleixo Sendin" de Mongaguá-SP;
- I Concurso de Poesias dos Funcionários da Sede da Coordenadoria - Taubaté-SP;

Solicito a devida autorização para incluir o nome do MOVIMENTO POETAS DEL MUNDO nestes eventos já em andamento.
Antecipo meus agradecimentos pela atenção, deixando meus votos de paz em demasia!

LUIZ ANTONIO CARDOSO
Cônsul Poetas Del Mundo ZC Taubaté-SP
1º Secretário da Academia Taubateana de Letras
Delegado da UBT em Tremembé-SP
Assessor de Imprensa do Panathlon Club Taubaté-SP
Supervisor Geral da AGENDA CULTURAL TAUBATÉ-SP

V*A*I C*H*O*V*E*R P*O*E*S*I*A!!!

D*I*A 30/03/2003
V*A*I C*H*O*V*E*R P*O*E*S*I*A!!!

Uma Chance à Paz

J. B. Donadon-Leal

Todas as vozes já me contaram
Todas as bocas já me calaram
Todas as vistas já me secaram
Todas as vestes já me despiram

Todos os focos me apagaram
Todas as loterias me perderam
Todos os juízes me condenaram
Todos os pastores me prenderam

Todos atiraram todas as pedras
Todos atearam todos os fogos
Todos hastearam todos os panos
Todos rastrearam todos os planos

Acuado, imploro a todos
Apurado, invoco a todos
Que tal permitir julgamento!
Que tal permitir absolvição!

**********

InBrasCIInstituto Brasileiro de Culturas InternacionaisCNPJ: 09.225.702/0001-48

E

JORNAL ALDRAVA CULTURAL

DIVULGAM fOTOGRAFIA & Arte Digital em destaque na Capa do Jornal Aldrava

http://www.jornalaldrava.com.br/



Fotografia & Arte Digital - Fernando Barbosa e Silva
Amigos:Vejam a divulgação plena e generosa da Governadoria do InBrasCi em MG, na pessoa dos aldravistas e coordenados pela mente altruísta e grandiosa de Andréia Donadon,abaixo.Há dias que o Jornal Aldrava e ela divulgam para seus mailings ou publicam nossos enviossobre o POESIA E PAZ.Agradecemos penhoradamente a ela, ao Espaço Cultural Casa do Fernando, à revista Nota Independente, ao Chanceler do InBrasCi na Ilha da Madeira,Édison Almeida,à ALPAS XXI, ao POEMANACá, que virá a Beagá especialmente para participar conosco do evento dia , à acadêmica da ALPN,Tereza Pereira, de Pará de Minas,ao ABDIC, Jornal Telescópio,à casa de Cultura ARTE PELA PAZ, onde nos reunimos, que nos cedeu graciosamente uma de suas salas para tal,a todos que entendem o espírito desse momento totalmente apolítico pela PAZ e pela POESIA,sem fins lucrativas nem venda de espécie alguma.Os cem mil poemas distribuídos mostrarão a excelência de cada um dos bardos solidários .Mais tarde divulgaremos todas as parcerias, seja em divulgação, seja em apoio cultural, ou pelo envio dos versos solicitados.No momento, não posso demorar-me ao PC.D*I*A 30/03/2003, V*A*I C*H*O*V*E*R P*O*E*S*I*A!!!Pela comissão organizadora:Clevane Pessoa de Araújo Lopes



Belo Horizonte -MG. 30/03/2008 - Das 10 às 13h
Contamos com a participação de todos!Recolhimento de livros de poemas para distribuição gratuita .Os livros serão embrulhados para presente e doados na feira deartesanato da Av. Afonso Pena, na capital mineira. Para os artesões,transeuntes e para quem quiser ganhar.

Pontos de Recolhimento: * Centro Cultural Alto Vera Cruz (CCAVC) - Rua Padre Júlio Maria, 1577 - B. Alto Vera Cruz - Tel: (31) 3277-5612 * Centro de Cultura Lagoa do Nado (CCLN) - Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 90 - Itapoã -Tel.: 3277-7420 * Centro Cultural Pampulha (CCP) - Rua Expedicionário Paulo de Souza, 185 - Urca - Tel: (31) 3277-9292 * Centro Cultural São Bernardo (CCSB) - Rua Edna Quintel, 320 - São Bernardo - Tel: (31) 3277-7416 * Centro Cultural Zilah Spósito (CCZS) - Rua Carnaúba, 286 - Jaqueline - Tel: (31) 3277-5498 * Centro Cultural Venda Nova (CCVN) * Centro Cultural Marçola (CCM) * Casa do Baile - Centro de referencia em urbanismo design e arquitetura - Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 - Pampulha * Arte pela Paz-Av.Olegário maciel 1233,Lourdes
Pelo Correio:
Ao Movimentos Poetas Pela paz e pela Poesia Rua dos Assistentes sociais, 244 Belo Horizonte 30840-080
nhas), até dia 23/03, para serem impressos, com osdevidos créditos e distribuídos na data - CHUVA DE POESIA -> enviar ospoemas para e-mail - poesiaepaz@gmail.comApós a distribuição dos livros e a chuva de poesia - os poetas subirãoou descerão da Praça da Liberdade pela R.a da Bahia - ato simbólico.Nessa ocasião, os Poetas presentes, se o desejarem farão a apresentaçãode seus poemas.O traje pedido para participação no dia é branco.Pode-se usar camiseta branca por cima dos trajes, pois os poetas poderão escrever versos uns nos outros, com canetinhas.
O encontro é apolítico, sem protestos, apenas pela
POESIA E PELA PAZEstão convidados grupos afins:
de capoeira, tai-chi-chuan,reiki,dança, teatro, malabarismo, artes circenses,desenhistas, etc, que poderão apresentar-se pacificamente e/ou escrever,desenhar em painéis de cartolina.Escolas poderão levar crianças , adolescentes e jovens, grupos de terceira idade,origamistas, floristas,ecologistas,universitários,trovadores, repentistas, violeiros, corais, flautistas,dançarinos, grupos de Ioga,de marionetes, títeres, teatro de bolso, cantores, terapeutas, médicos, enfermeiros, músicos, musicistas...TODOS QUE AMAM A PAZ E A POESIA! ...etc,etc,todos de branco ou com as citas camisetas, para terem versos escritos nelas.Ou desenhos.

Divulguem, por favor. P*A*Z E P*O*E*S*I*A - 30/03/2008 "Vai chover Poesia" poesiaepaz@gmail.com

A t e n ç ã o:Papelarias, artistas, levem e doem cartolinas de qq cor, e folhas de papel branco( para origami), canetinhas, refugo de tintas, pincéis, livros, saquinhos ou papel de presente.Levem seus poemas digitados, para distribuir também.Os enviados por e-mail serão impressos.As camisetas com versos escritos, depois poderão fazer parte de uma exposição.A t e n ç ã o:
Professores de Português ou artes, principalmente:se puderem fazer aulas de saquinhos para embalar livros, com papel branco ou de presente,depois de prontos, doem-nos;Telefone:3471 1646 (Clevane)Levem seus alunos para desenharem e ganharem livros de poemas.Devem usar camisetas brancas, onde os poetas escreverão poemas.Quem puder levar canetas de tinta para tecido, basta nos procurarem na Praça, para a doação e uso.Origamis:Pessoas que conhecem essa arte, poderão estar na praça, para fazer e ensinar e doar (Pássaros, borboletas, etc).Flores Brancas:Floristas:Se puderem fazer flores de papel crepom ou outro material para ensinar e doar, apareçam !Igrejas:convoquem seus fiéis!Escolas:Abordem o tema da PAZ em todas as aulas, preparem seus alunos para este momento.Alfabetizandos e prezinho:poderão ir de branco, de pijaminha, camisola, roupinhas de anjo, levarem seus brinquedos de pelúcia, seus lápis e canetinhas para pintarem asas, pombos, anjos e outros símbolos da paz.Floriculturas:podem aparecer para distribuir as flores que sobrarem (de 12 ás 13, na Praça da liberdade e das 10 às 12h, na feira de artesanato!Todos poderão distribuir seus cartões, propagandas e banners, mas nada poderá ser vendido.30 de março:o dia do presente, da paz e da poesia em Belo HorizonteCorrente pela PAZ :Quem for de outras cidades, pode realizar, ações similares simultaneamente e depois nos enviar fotos,textos, releases.Que publicaremos e nos sites e blogs e divulgaremos!Almoxarifados ,:Têm papel inútil ou refugo,retalho de Papel (para origamis)?Canetas?Fitas adesivas, lápis de cor, cartolinas e papel cartão sobrando?Doem para o PAZ E POESIA , pessoas presentes, usarem no domingo dia 30Adesões:Mandem sua adesão para o e-mail:pazepoesia@gmail.comOu telefonem-me: (031) 3471 1646N:As escolas e centros culturais interessados, a posteriori, poderão ligar e pedir intervenções de arte e poesia pela PAZ.Ainda há tempo de curar o Mundo!Poesia pela Paz!!A comissão está a pleno vapor, colabore você também.Um abraço:Clevane Pessoa

Fotografia & Arte Digital - Fernando Barbosa e Silva

Visite!
http://fernandobarbosaesilva.arteblog.com.br
http://fbarbosaesilva.multiply.com
http://fernandobarbosa.slide.com
Fernando Barbosa e Silva
Repórter Fotográfico
Belo Horizonte-MG

PAZcoa!


PAZcoa!

Por Alessandra Leles Rocha

Mais um ano, mais uma página na história da humanidade e diante de mais uma comemoração da Páscoa cristã ecoa profundo e retumbante um apelo em favor da Paz.
Paz para todos; independente de etnia, credo, gênero, classe social ou profissão. Paz oriunda da análise e da reflexão sobre nossos caminhos, anseios, projetos, esperanças. Paz que semeia o belo, o justo e o sagrado pela gleba da fraternidade e da união. Paz que nasce sozinha e se completa na razão da comunhão coletiva, do abraço irmão. Paz que é o início, o meio e o fim para a renovação ou restauração da própria vida.
É! Estamos feridos e massacrados demais para achar que apenas dando e recebendo ovos de chocolate nossa dor será anestesiada e nossa Páscoa se dará completa. Não! Não há chocolate no mundo doce o bastante para cobrir o gosto de fel em nossas entranhas! Faremos o rito, cumpriremos as convenções sociais, mas ao fim do dia retornaremos ao nosso calvário, porque estamos tão distantes da Paz.
Longe dos jargões sensíveis e melodramáticos, o mundo precisa urgente de Paz! Em todos os níveis, de todas as formas; mas, sem ela anteciparemos sem remédio nosso próprio desterro. Como celebrar a vida, convidar o íntimo à renovação, orar em favor de novos tempos, se ardemos por dentro à inquietude e a mais plena desolação da alma? Nossos algozes morais nos açoitam dia e noite por nossos erros e tropeços, sem que nosso corpo verta uma só gota de sangue. Carregamos na consciência a mais pesada cruz construída com nossas intolerâncias, preconceitos, orgulho, soberba, indiferenças e escárnio, e não temos ninguém que nos ajude a suportá-la. Estamos presos aos calabouços de nossas próprias misérias e limitações, sedentos pela água pura e cristalina da Paz.
Por isso, façamos nossa parte pela ascensão da Paz entre os seres humanos e seu meio ambiente. Celebremos a restauração da vida em sua essência. Dediquemos nossas forças em prol da liberdade, da igualdade e da fraternidade para que possamos vencer todos os desafios, que por si só existem independente de nossa vontade. Sejamos uma legião de mensageiros, testemunhas vivas da eterna e sagrada aliança entre o Criador e sua obra.
Alessandra Leles Rocha
Publicação: www.paralerepensar.com.br - 18/03/2008

terça-feira, 18 de março de 2008

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER.

Meus queridos amigos e leitores do blog do InBrasCI.
A Internet pode ter seus problemas, mas viabiliza a aproximação de pessoas de boa-vontade, mantenedoras da ORDEM E DO PROGRESSO, CULTORAS da VERDADE e da EVOLUÇÃO, protetoras da NATUREZA, amantes da ARTE em geral, batalhadoras pela CULTURA, UNIÃO e PAZ entre os povos.
Abaixo, uma série de mensagens trocadas entre o nosso Chanceler Édison d'Almeida e amigos nossos, um grito de alerta a todos nós. Leiam com carinho e se posicionem.
O InBrasCI unido, em prol do bem-estar da humanidade, da preservação da Natureza, do equilíbrio do Universo.
Marilza de Castro - Presidente do InBrasCI
marilza.albuquerque@oi.com.br
http://www.marilza.castro.nom.br/
InBrasCI – Instituto Brasileiro de Culturas InternacionaisRCPJ-RJ n° 225964 – CNPJ n° 09.225.702/0001-48
Fundação: 13 de fevereiro de 2006Rua Teixeira de Freitas, n° 5, 3° andar, s.303 (IHGB – auditório CONFALB)Lapa,Rio de Janeiro, RJ – Brasil / CEP: 20021-350Telefones: 2252 -7705 / Biblioteca Bartira: 2595 - 2161

htpp:inbrasci.blogspot.com
Atenção às palavras do nosso Chanceler (e às dos amigos)
Édison Pereira de Almeida www.ermitaodapicinguaba.com-Chanceler do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.Membro da Academia Pan Americana de Letras e Artes - 1981-Sítio da Relva - Assomadinha-Santo António da Serra9100 - 200 Santa Cruz Ilha da Madeira - Portugal
Meus amigos do INSTITUTO BRASILEIRO DE CULTURAS INTERNACIONAIS, muito bom dia!, apesar de tantos descalabros que se praticam ainda em nosso planeta em nome de tudo que é instituição, o que significa dizer que nosso INSTITUTO tem que passar a aceitar a REALIDADE,e também entrar em campo com a força e hegemonia que os povos do mundo buscam e não darmos alento a estes descalabros, nos OMITINDO, seja não comunicando, seja fazendo ouvidos mocos, ou seja sendo O PIOR CEGO QUE NÃO QUER VER.

Da minha parte tenho passado este COMUNICADO ESTARRECEDOR E CONCLUSIVO, assim como Histórico a Rede Bece Rebia, a Direto da Redação, Eliakim Araújo,ao nosso grande amigo e MESTRE CULTURAL ARTÚR DA TÁVOLA e também claro a ONU E UNESO, através do FORUM MUNDIAL DE AGENCIAS DE DESENVOLVIMENTO.

Uma vez que O BRASIL é o maior LABORATÓRIO DO HUMANISMO , DO ESPIRITUALISMO, DA FORÇA E DA ENERGIA TERRENA em todos sentidos, uma vez também, que nosso Povo é a somatória de imensas RAÇAS, PURAS RAÇAS, quero externar em nome da Chancelaria do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais o quanto É CHEGADA A HORA da Cultura mudar o disco e se rever todas as LEIS que foram criadas no passado para hoje se permitirem tantos descalabros.

LEIAM COM ATENÇÃO O QUE SEGUE-SE ABAIXO, avaliem , e por favor direcionem aos que FAZEM, porque aos que nada fazem nem mesmo um olhar devemos enviar, uma vez que só sabem sugar nossa VISÃO do que está errado e do que está certo, são os eternos aspones, assessores de porra nenhuma!

Perdoem-me mas a REALIDADE QUANDO BATE ASSIM A MINHA PORTA, me dói tudo, o coração a Alma e o Espírito.

VOU AGUARDAR UMA ATITUDE DO INSTITUTO e de todos que a ele pertencem ou conosco pertencem às várias REDES interligadas e ativas.

Cansei de Ongs e Ping Pongs.....o vai e volta, de uma miséria humana cada vez maior, e com os chamados primeiro mundistas, sendo artífices de um genocídio sem tréguas a quem deu de si sem nunca pensar em si.

Atentamente!

Édison Pereira de Almeida
www.ermitaodapicinguaba.com
Chanceler do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.
Membro da Academia Pan Americana de Letras.
RECA -Rede Europeia de Comunicação Ambiental

From: Raul Longo
To: urda
Sent: Monday, March 17, 2008 1:48 PM
Subject: Re: De Intelectuais, Idiotas e Multidão.
Urda:

Por favor companheira, transmita ao Edison meus agradecimentos e cumprimentos também.

Há uma observação que por vezes nos passa desapercebida, e que gostaria de colocar para vocês dois, pois acredito que temos de ir chamando a atenção de todo o mundo para esta realidade.

Cheguei a esta observação por minhas preocupações com o maior genocídio humano e cultural que ora se promove, e talvez o maior de toda a história da humanidade: a destruição da civilização africana.

Conforme conclusões de antropólogos e paleontólogos, na África se deu a origem de nossa espécie, portanto de nossa cultura e civilização humana.

De África, o homem distribuiu-se pelo mundo formando diversas outras civilizações e processos culturais que, ao longo dos milênios da história de nossa espécie, se relacionaram de diferentes formas. Mas mesmo nas relações mais negativas: as guerras e subjugação de povos, algo de positivo resultava da interelação cultural, formando novos processos civilizatórios.

Podemos constatar isso no histórico da península ibérica, por exemplo, onde da permanência dos Mouros por 8 séculos, portugueses e espanhóis herdaram uma das mais espetaculares culturas do continente europeu.

No entanto, se nos perguntarmos o que resultou em África do domínio europeu, a realidade contemporânea não nos apresenta absolutamente nada de positivo. Os europeus não conseguiram desenvolver qualquer processo civilizatório ali. Não conseguiram nenhuma miscigenação e contribuição.

O que ali se tem hoje são duas Áfricas: uma África branca que espolia e promove sistemático genocídio da cultura e da civilização da outra, a África negra.

O mesmo se passa em Ásia, onde o domínio europeu apenas desenvolve a prostituição em algumas regiões, e em outras promove o extermínio de culturas e civilizações milenares. Impondo seus costumes como no Japão, China e Indonésia, o branco dominador também destrói as mais significativas origens culturais da humanidade, como ora se faz em Bagdá.

Na próprio Europa se exterminou culturas e sabedorias de seus povos mais antigos, como os celtas.

Na Austrália, os vitimados e extintos foram os aborígine. E aqui na América, muito pouco resta da cultura indígena.

O que podemos perceber de todos os continentes, é que não temos nenhuma proposta de evolução e desenvolvimento de uma nova civilização, e a falta de civilização será o extermínio de nossa espécie, inclusive para as etnias convencionadas por de origem caucasiana.

Tomando a evolução cultural dos Estados Unidos como exemplo, podemos observar a importância da inter-relação cultural das diversas etnias e civilizações humanas.

Se nos perguntarmos o que de inovação cultural com significativa contribuição para toda a humanidade surgiu naquele país, teremos como resposta um único movimento provocado exatamente pela miscigenação cultural africana e caucasiana: o jazz.

Ao reproduzir a musicalidade da alma africana nos instrumentos de orquestras e bandas de músicas européias, criou-se uma nova escala harmônica e se fez uma nova manifestação musical que veio a se difundir por todos os povos, promovendo novas sensibilidades em todo o mundo.

Mais tarde, unindo-se o jazz a outra manifestação cultural negra: o blues, e miscigenando-as com o country de origens sobretudo irlandesa, se desenvolveu o rock, uma linguagem universal.

Esta miscigenação é um processo e evolução civilizatória. Mas qual outro se pode constatar em todo o hemisfério norte? Nem mesmo no hemisfério sul, onde a tônica é a destruição.

Nesse momento da história de nossa espécie, apenas em um continente de todo o mundo se processa um desenvolvimento cultural que poderá vir a ser uma proposta de continuidade para a civilização humana.

E ocorre neste continente, por ser exatamente a única região do mundo onde ocorre com grande intensidade a miscigenação das três etnias básicas da humanidade.

Está claro que estou falando de Latino América, desta porção do planeta que se estende desde os Rios Grandes e Bravo abaixo, até a Patagônia, onde se miscigenam as culturas africanas, européias, orientais e indígenas.

Como povos dos países que compreendem este continente, temos de defender e promover intensamente a Paz e a Inter-relação de nossas culturas, pois além de nós não restam muitas esperanças para o futuro da civilização humana.
Raul LongoPouso da Poesiawww.sambaqui.com.br/pousodapoesiapousopoesia@ig.com.brPonta do Sambaqui, 288688051-001 - Floripa/SCTel: (048) 3335-0047

-- Original Message -----
From: Oficina de Textos
To: urda
Sent: Monday, March 17, 2008 4:34 AM
Subject: Re: De Intelectuais, Idiotas e Multidão.
Urda, bom dia!

O Caminho dos que voam é invisível a direção sempre é o Ideal!

Quando escrevi isto, inspirei-me no Pantanal do Mato Grosso, que até então era um só Estado.

Admirando toda a riqueza de Fauna e Flora, além das belezas naturais e subsolo, consegui desenvolver um projeto que veio a se chamar : PANTANAL VIAGEM DA VIDA!

Foram 6 meses de vivência Pantaneira, mesmo in loco, e eu , já vindo do Perú, Amazônia, Brasileira, Peruana e Venezuelana, captando as magnífica ENERGIA que todas estas regiões trazem em si e por si mesmas.

Com tudo isto, e resumindo quero dizer que os ditos Países do Primeiro Mundo, com todo respeitam que me mereçam, realmente no geral tiraram e acabaram com TODA A BOA ENERGIA que suas terras e seus próprios povos tinham com a CULTURA DA GUERRA.

Ora, Raul Longo e tantos outros, estão mais do que certos pois atuam como Pacificadores e pela Cultura da Paz, como o faz também Pierre Weill da Universidade da Paz que nos ensina : Ecologia Pessoal, Social e Planetária.

Eu que vivo na Europa, e sou Brasileiro, Paulistano , digo de coração aberto o quanto o NOSSO BRASIL, AMÉRICA LATINA, AMÉRICA CENTRAL E AMÉRICA DO SUL, tanto captam e ainda conservam de Energia e só isto já é o maior RELICÁRIO de um POVO e de Uma ou mais Nações.

Brian Weiss, o escritor e psiquiatra ao visitar o Vale do Kiriri em Santa Catarina, ficou maravilhado com a essência energética que ele mantém, e emite.

Será que nem isto teremos mais direito de ter, será que os ditos SENHORES DO MUNDO nem sequer se dão conta que são eles a pisarem e destruirem as mais belas e saudáveis OBRAS DE ARTE, FONTES ENERGÉTICAS E CIVILIZAÇÕES ANCESTRAIS do nosso Planeta?

Será que eles têm um LIVRO que diz eu LIVRO mas só serve para eles e mais ninguém?

Se usam assim o LIVRO SAGRADO, como não usarão as LEIS entre aspas que são baseadas em ensinamentos Sagrados e alicerçadas por um juízo de jurisprudência, que claro é o JUÍZO E A PRUDÊNCIA JUNTOS?

Realmente os POVOS DO MUNDO PRECISAM SE UNIR, e sem BANDEIRAS, SEM FRONTEIRAS, E SEM GUERRAS, para isto há sim muitos movimentos, muitos correligionários da PAZ, e quer saber o mais curioso?

Todos eles vêm e se enganjama em PAÍSES DESTRUIDOS PELO IMPERIALISTA ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA DO NORTE.

Também lá o POVO já não suporta mais ser BUCHA DE CANHÃO dos poderes constituídos e claro, a juventude em geral, é convocada para viver a Cultura da Guerra como se fôsse a melhor coisa de suas vidas.

Desta forma, abraço Raul Longo, a todos que nos Lêem e vos conclamo a cada dia mais promoverem a CULTURA DA PAZ, porque sem isto minha gente, iremos estar plantando em solo tão fértil a semente da discórdia e do desamor, fazendo exatamente o que os FALSOS PROFETAS, andam fazendo em Terra Alheia, e também na deles, é que, já que são INTELECTUALÓIDES, esquecem que a memória de um povo e suas raízes quando deturpadas, difícilmente encontra um componente ADUBANTE, que a regenere.

É simples explicar, os RADICAIS LIVRES, tomam conta do cérebro e as pessoas mesmo genéticamente ficam alienadas mental, emocional, física e espiritualmente de tudo que se passa de bom no PLANETA, e curiosamente, combate tudo como sendo O MAL, e nem sabem mais o que é O BEM.

Grande e Fraternal Abraço!

Édison Pereira de Almeida - www.ermitaodapicinguaba.com
Chanceler na Europa do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais


----- Original Message -----
From: Raul Longo
To: alyda.sauer@ig.com.br
Sent: Sunday, March 16, 2008 7:56 PM
Subject: De Intelectuais, Idiotas e Multidão.
INTELECTUAIS E IDIOTAS DO PRIMEIRO MUNDO
E A MULTIDÃO DO TERCEIRO

Por ter considerado inoportunas as manifestações de alguns setores de esquerda que apontam os erros do movimento revolucionário na Colômbia, prevendo que tais argumentos alimentariam as recorrentes justificativas para invasões e interferências das nações anglicanas em países de todos os continentes, um intelectual do primeiro mundo (ainda que de sua porção latina), me acusou de raciocínio binário, primário e simplório.

Menos de uma semana depois, o idiota que preside a mais poderosa nação do primeiro mundo, conforme o previsto, utilizou do mesmo discurso para enviar uma moção à ONU, pedindo a condenação internacional da Venezuela como protetora de terrorismo.

Mais alguns dias, e a Secretária de Estado Condoleza Rice vêm ao Brasil tentar nos convencer de que invasões de fronteiras e soberanias nacionais, plenamente se justificam para caça e extermínio do que entende como terrorismo ou integração de imaginários eixos do mal.

Neste exato momento, às 19:35 do dia 16 de março de 2008, estou acompanhando pelo canal de TV por assinatura A&E, uma das maiores concentrações humanas de que já tive conhecimento. Trata-se do show PAZ SEM FRONTEIRAS, promovido na tríplice-fronteira entre Equador, Colômbia e Venezuela.

Uma espetacular multidão vestida de branco e formada por jovens, crianças e idosos dos três países, recriminam qualquer possibilidade de conflito entre seus povos. São colombianos acenando com bandeiras do Equador, equatorianos com bandeiras da Venezuela, e venezuelanos com bandeiras da Colômbia.

Como disse há pouco um dos tantos artistas, cantores e músicos dos três países que lá se apresentam: "- Yo soy de acá, yo he nascido acá. Acá en Ecuador, Colombia, Venezuela. Acá en Latino-América!"

A multidão aplaudiu e repetiu por 3 vezes essas palavras, num claro recado aos que desrespeitam nosso continente e pretendem promover conflitos entre nossa gente.

Nossa gente que desde o final da manhã, sem arredar pé ocupa totalmente uma extensa área sobre a qual uma ponte liga estes países de um único povo, também totalmente ocupada.

E em coro aos músicos dos 3 países, desde a manhã a multidão grita: "- Que viva Colombia! Que viva Venezuela! Que viva Ecuador!"

Quando intelectuais e idiotas do primeiro mundo enfim desenvolverem alguma sensibilidade por nossa realidade, as multidões de Latino-América terão muito a ensinar-lhes.
Raul LongoPouso da Poesiawww.sambaqui.com.br/pousodapoesiapousopoesia@ig.com.brPonta do Sambaqui, 288688051-001 - Floripa/SCTel: (048) 3335-0047

quinta-feira, 13 de março de 2008

PUBLICADO NO PORTAL MHÁRIO LINCOLN DO BRASIL

Matéria publicada no Portal Mhário Lincoln do Brasil
http://www.mhariolincoln.jor.br
12/03/08
AINDA SE DISCUTE A HONRA DO ALMIRANTE NEGRO JOÃO CÂNDIDO
(LEIA MAIS ABAIXO RESPOSTA IMEDIATA DE ELVANDRO BURITY)
Marinha libera ficha do "almirante negro" . Após 97 anos, documentos sobre o líder da Revolta da Chibata, que levou ao fim dos castigos corporais na Marinha, são divulgados.
(Texto original de: MARCELO BERABA)
A Marinha liberou, após 97 anos, documentos referentes ao marinheiro de 1ª classe João Cândido Felisberto (1880-1969), o "almirante negro", líder da Revolta da Chibata, e ajudou a localizar sua ficha no Arquivo Nacional. Os documentos agora tornados públicos só haviam sido consultados por oficiais e historiadores da Marinha e usados para corroborar a versão oficial do episódio que acabou com os castigos corporais nos navios de guerra.A liberação é um fato novo. Durante todo este tempo, os pesquisadores e os filhos de João Cândido esbarraram em negativas da Marinha, que jamais aceitou a elevação dos revoltosos à condição de heróis. O próprio João Cândido nunca conseguiu ter acesso à documentação. Em depoimento no MIS do Rio em 1968, ele reclamou: "... os [arquivos] da Marinha são negativos, João Cândido nunca existiu na Marinha"....Conheça esse e outros detalhes em ...
O documento mais importante é a ficha funcional. João Cândido entrou para a Marinha como grumete em 10 de dezembro de 1895, chegou a ser promovido a cabo, mas depois foi rebaixado. Nos 15 anos em que permaneceu na Armada, ele foi castigado em nove ocasiões com prisões que variaram de dois a quatro dias em celas solitárias "a pão e água" e duas vezes com o rebaixamento de cabo para marinheiro.Não há registro, na sua ficha de 24 páginas escritas à mão, de que tenha sido espancado, como era comum. Extinto em 1889 logo após a Proclamação da República, o castigo físico foi restabelecido pelo Governo Provisório no ano seguinte. A rebelião dos marinheiros em 22 de dezembro de 1910 já vinha sendo alimentada ao longo destes 20 anos, mas só foi deflagrada depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues foi punido com 250 chibatadas.A ficha de João Cândido registra dez elogios e uma promoção a cabo (1903), revogada definitivamente em 1907. O último elogio por bom comportamento é de setembro, três meses antes de liderar a rebelião.João Cândido participou de dezenas de manobras em toda a costa brasileira, navegou pelos rios das bacias do Amazonas e do Prata e esteve duas vezes em longas viagens pela Europa.HistoriadoresO mérito da revelação dos documentos e da ficha funcional de João Cândido se deve a uma equipe de cinco historiadores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) encabeçada por Marco Morel, 47.Contratado pelo Projeto Memória da Fundação do Banco do Brasil para fazer uma pesquisa sobre o líder da revolta, Morel conseguiu autorização de um dos dois filhos vivos de João Cândido, Adalberto, para ter acesso aos documentos.O pedido foi baseado na lei 11.111 de 2005, que normatiza a liberação de documentos oficiais. O trabalho de pesquisa para o Projeto Memória está sendo feito junto com Tânia Bessone, também professora da Uerj, e três doutorandos. Uma delas, Silvia Capanema, descobriu na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, outra preciosidade: uma série de 12 artigos de memórias assinados por João Cândido publicados em 1912 na "Gazeta de Notícias". Falta digitalizá-los.Há algumas coincidências nesta história. João Cândido viveu as décadas que se seguiram à expulsão da Marinha em desgraça. Nem as empresas comerciais de navegação lhe davam emprego. Foi redescoberto pelo jornalista Edmar Morel (1912-1989), autor do livro que passou a identificar a rebelião: "A Revolta da Chibata" (1959).Edmar foi encontrá-lo como carregador no antigo mercado de peixes da praça 15, no centro do Rio. De lá via bem próxima a Ilha das Cobras, onde esteve preso, foi torturado e quase morreu. A ilha abriga hoje, entre outras seções da Marinha, o Serviço de Documentação.O historiador Marco Morel é neto de Edmar Morel. Também jornalista no início da vida profissional, dedicou-se ao ensino e à pesquisa histórica. Sua especialização é o Brasil do século 19, mas, por causa do avô, interessou-se por João Cândido. Ele doou o acervo de Edmar Morel à Biblioteca Nacional.NA INTERNET
www.folha.com.br/080674veja fotos liberadas Ex-marinheiro morreu pobre aos 89 anos Em 22 de novembro de 1910, inconformados com os castigos corporais ainda impostos pelos oficiais da Marinha, João Cândido e cerca de 2.300 marinheiros se sublevaram, tomaram à força quatro navios de guerra na baía da Guanabara e bombardearam o Rio, então capital federal, como advertência. No episódio, morreram quatro oficiais nos navios e duas crianças em terra.A rebelião foi planejada, e seu estopim foi o castigo de 250 chibatadas imposto ao marinheiro Marcelino Rodrigues diante da tripulação do encouraçado Minas Gerais. Os revoltosos tomaram também o encouraçado São Paulo, o cruzador Bahia e o navio de patrulha Deodoro.João Cândido foi guindado a chefe da insurreição, "o primeiro marinheiro no mundo a comandar uma esquadra", observou Edmar Morel.Uma semana antes da rebelião, o marechal Hermes da Fonseca assumira a Presidência.Pressionado pelo poderio nas mãos da marujada, o Congresso aprovou o fim dos castigos e a anistia. Com a vitória, quatro dias depois os navios foram devolvidos. Meses depois, no entanto, uma nova rebelião -forjada, segundo os próprios marinheiros, por oficiais para incriminá-los-, provocou uma forte repressão na Marinha.João Cândido e 17 militares que haviam participado da primeira revolta foram levados para a Ilha das Cobras. No terceiro dia, 16 deles estavam mortos. João Cândido sobreviveu. Apesar da anistia, foi expulso da Armada.A Marinha aprisionou centenas de outros revoltosos no navio Satélite e os mandou para a Amazônia. Vários foram fuzilados e os que sobreviveram foram deixados na floresta para trabalho forçado.O historiador Marco Morel avalia que o movimento serviu como "um golpe de misericórdia nos resquícios de escravidão que ainda permaneciam arraigados na sociedade".O gaúcho João Cândido teve uma vida difícil depois da expulsão. Redescoberto na década de 1950 trabalhando num mercado de peixes, foi transformado num símbolo e apoiou a Revolta dos Marinheiros, ocorrida em 25 de março de 1964, às vésperas do golpe militar.Ele morreu em 1969, aos 89 anos, pobre, doente e sem ter sido anistiado. (MB)Marinha não vê heroísmo no episódio Até hoje a Marinha considera a Revolta da Chibata "uma rebelião ilegal, sem qualquer amparo moral ou legítimo", sustenta o Centro de Comunicação Social da Marinha:"A Revolta da Chibata, ocorrida no ano de 1910, sob a ótica desta Força constitui-se em um triste episódio da história do país e da própria Marinha do Brasil (MB), e sobre a qual, hoje, dificilmente podemos aquilatar, com precisão, as origens e desdobramentos que antecederam aquela ruptura do preceito hierárquico. A MB sempre se pautou pela firme convicção de que as questões envolvendo qualquer tipo de reivindicação obteriam a devida compreensão, reconhecimento e respaldo para decisão superior, por meio do exercício da argumentação e sobretudo do diálogo entre as partes, o que é de fundamental importância para o pleno exercício da liderança e para o estabelecimento de vínculos de lealdade. A despeito dos fatos que motivaram aquela crise, o movimento não pode ser considerado como "ato de bravura" ou de "caráter humanitário". Vidas foram sacrificadas, material da Fazenda foi danificado, a integridade da capital foi ameaçada.Esta Força entende que outras formas de persuasão e de convencimento não foram esgotadas pelos amotinados, motivo pelo qual considera a Revolta da Chibata uma rebelião ilegal, sem qualquer amparo moral ou legítimo, não obstante a indesejável e inadmissível quebra da hierarquia. Na história do Brasil, muitas questões ligadas a direitos humanitários obtiveram solução pelas vias legais, sem açodamento. A abolição da escravatura, assunto mais abrangente e de importância maior na escala de valores nacionais, obteve equacionamento de forma gradual, inicialmente, por meio de leis menores, que foram se complementando, até atingir-se a lei definitiva, em maio de 1888.Quaisquer que tenham sido as intenções do sr. João Cândido Felisberto e dos demais amotinados que o apoiaram, fazendo uso do ideal do resgate da dignidade humana, a MB não reconhece heroísmo nas ações daquele movimento. Os estudos oficiais e fidedignos sobre o tema sequer certificam o verdadeiro mentor da revolta". Levante de João Cândido era tabu na instituição A Revolta da Chibata sempre foi um tabu para a Marinha. Ela não só ignorou a anistia concedida pelo Congresso em 1910 aos marinheiros sublevados como até recentemente perseguiu os que trataram os revoltosos como heróis.No prefácio de "A Revolta da Chibata", Edmar Morel relata que Aparício Torelly, o Barão de Itararé, foi seqüestrado em 1934 por oficiais da Marinha depois de publicar na "Folha do Povo" duas reportagens sobre a vida de João Cândido. Segundo Morel, foi depois deste episódio que o humorista colocou na porta de sua sala no jornal a placa "Entre sem bater".O "Diário da Noite" teve de interromper, por pressões, uma campanha para ajudar o ex-marinheiro que estava doente. No Estado Novo, o escritor Gustavo Barroso foi proibido pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) de continuar a escrever sobre a revolta em "A Manhã".O próprio Edmar Morel foi cassado pelo regime militar, em 14 de abril de 1964.Ainda durante a ditadura, Aldir Blanc teve problemas com a censura quando ele e João Bosco compuseram "O Mestre-Sala dos Mares", gravado por Elis Regina em 1974. Ele conta que teve de comparecer três vezes ao departamento de censura que funcionava no Palácio do Catete, então já transformado em museu. "Ouvimos ameaças veladas de que o Cenimar [Centro de Informações da Marinha] não toleraria loas a um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais."O título original do samba era "O Almirante Negro". Com o veto eles mudaram para "O Navegante Negro", sem sucesso. Um dia o censor lhe chamou num canto e disse que o problema continuava porque a música fazia apologia dos negros. "Foi a maior manifestação de racismo que já vi." Eles mudaram o título para "Mestre-Sala dos Mares" e várias passagens, e a música foi aprovada.Apesar da decisão do Congresso em 1910, João Cândido nunca foi anistiado. Por essa razão, a então senadora Marina Silva (PT-AC) apresentou projeto de lei que lhe concede a anistia "post mortem". O projeto, aprovado no Senado em 2002, está parado na Câmara desde março de 2005.O Palácio do Catete era a sede do governo em 1910 quando os sublevados da Armada apontaram os canhões para o Rio. Em 22 de dezembro do ano passado, os jardins do Catete, hoje Museu da República, passaram a abrigar a estátua de bronze de três metros de João Cândido. Obra do escultor Valter Britto, o Almirante Negro olha para as águas da Guanabara onde, há 97 anos, liderou a revolta dos marinheiros. (MB)
RESPOSTA IMEDIATA
Por duas vezes escrevi sobre a REVOLTA DA CHIBATA:1º) Em julho de 2004 fui convidado a proferir uma palestra abordando a emblemática figura do "Almirante Negro". Entretanto, a palestra, somente, aconteceu no dia 18 de novembro daquele ano. Escolhi o tema: REVOLTA DA CHIBATA. O estímulo para fazê-lo? A história foi feita para ser contada. Por isso, é que documentos e arquivos são abertos e publicados. Há uma necessidade de conhecermos a história. Mas isto tem que ser feito sem omissões e sem excessos. Apenas contemos o que aconteceu sem darmos asas às nossas imaginações... E aqui reside a grande dificuldade de escrever algo sobre a "REVOLTA DA CHIBATA". 2º) A segunda oportunidade foi no Portal Mhário Lincoln do Brasil.Duas tarefas difíceis de serem concretizadas. Pela terceira vez volto ao assunto e o estimulo para perseverar continua sendo o fato de que, Carlos de Laet, o Patrono da Cadeira que ocupo na Academia de Letras e Artes do Estado do Rio de Janeiro - ACLERJ, esteve envolvido com aquele movimento. Nas pesquisas encontrei, inclusive, a confirmação do pronunciamento de que: Carlos de Laet orgulhava-se de não ter desembainhado a sua espada contra os revoltosos.Durante anos, o simples mistério imposto ou a ocultação sobre detalhes da vida de João Cândido, para mim, é um fator gerador de curiosidade. Curiosidade de pesquisar e conhecer algo sobre João Cândido. Lembro de que no meu tempo da ativa ou melhor quando marujo (grumete e marinheiro de 2a. classe, idos de 1957) "se pronunciado fosse o nome João Cândido" era motivo, mais do que suficiente, para que algum graduado lançasse olhares diferentes...
Naquele tempo (1957) o grau de instrução do marujo era o primário incompleto com algumas exceções. Fico a imaginar o nível de instrução nos idos de 1910. Em 1957, eu falava inglês, arranhava no francês e dominava a álgebra, em contrapartida e exame para SO exigia o conhecimento e domínio das operações com números relativos. Qual o meu grau de instrução àquela época? Segunda série do ginásio. Hoje, os tempos são outros, dependendo da situação será exigido nível médio ou superior completo. Eu, também, evolui, conclui o curso superior, pertenço ao movimento acadêmico do Rio de Janeiro, etc etcNão digam que escrever sobre a Revolta da Chibata seja o rever fatos soterrados na gélida memória dos porões de uma propositada e esquecida história ou que seja uma maneira de agredir o presente. Reconheçamos que João Cândido teve a glória de lutar pela causa dos pobres e humildes/humilhados marujos e, consequentemente, proporcionou-lhes um porvir mais feliz e humanitário. E aqui é válido mencionar o que durante muitos anos na Marinha era conhecido pelo marujo como: "LIVRO DE CASTIGO". Castigo nos arremete a associar com alguma punição física. Seria tal denominação um resquício dos tempos da chibata? Nos tempos atuais o livro recebe a denominação de LIVRO DE TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES, anteriormente com a denominação de LIVRO DE CONTRAVENÇÕES DISCIPLINARES nos levava a pensar em infração ou ilícito penal. Sem sombra de dúvidas a terminologia atual: LIVRO DE TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES mais se coaduna aos tempos modernos. Inclusive é facultado ao militar que tem seu nome nele inscrito: além de receber uma cópia do lançamento, dispor de 48 (quarenta e oito) horas para apresentar as suas alegações (contraditório) e para tanto pode contar com o auxílio de advogado dativo. O advogado não poderá participar ou assistir o militar quando da audiência com a autoridade que irá julgar a transgressão disciplinar.Exercitando a vocação de escritor, não imponho qualquer limitação para a minha liberdade de pensar. Será que devo impor limites ao que escrevo?Um povo quando transcende à simplista denominação de habitantes de uma localidade ou região, merecidamente, pode ser considerado como componente de uma nação no sentido mais amplo: nos hábitos, costumes, na preservação lingüistica, na afinidade de interesses e no culto à sua história. Um povo é órfão quando ignora seus próprios valores, perde sua identidade quando aceita valores impostos e sem senso crítico, torna-se presa fácil para invasões culturantes: não devemos permitir sejam nossos valores varridos quaisquer que tenham sido os movimentos libertários: Queda da Bastilha, Inconfidência Mineira, Quilombo dos Palmares, etc etc Uma nação, hoje livre, poderá amanhã estar escravizada. Reino ontem, República hoje, tais são as fantásticas mutações da cena das nações.A história da conquista da liberdade brasileira foi escrita à tinta sangue e à custa de muito sacrifício. Dentre os heróis do povo brasileiro que não figuram nos compêndios da história oficial, consequentemente, esquecido na memória de nossa gente, temos João Cândido. Qual o empecilho para nela (história) não inserirmos João Cândido, o Almirante Negro?João Cândido nasceu em 24 de junho de 1880, na Vila São José Encruzilhada do Sul, distrito de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Filho de um tropeiro. Ingressou na Marinha, sem grandes sonhos, aos 13 anos de idade.A Enciclopédia Encarta registra que quando da revolta da chibata. O uso da chibata nas punições, embora já proibida por lei, continuava em uso na Marinha de Guerra Brasileira.A punição do marinheiro Marcelino Rodrigues, com 25 chicotadas, foi o estopim para a revolta, liderada pelo marinheiro João Cândido.Os sublevados tomaram os couraçados Minas Gerais, São Paulo, Deodoro e o cruzador Bahia, ocorrendo a morte de vários oficiais. O ultimato apresentado ao governo exigiu, além de outros direitos, a abolição da chibata e a anistia. O governo cedeu e a Câmara dos Deputados concedeu perdão aos revoltosos. Entretanto, o governo não cumpriu a promessa e , em 9 de dezembro do mesmo ano explodiu outra rebelião dos marujos. Vários deles foram mortos, deixados na Amazônia e outros expulsos. João Cândido foi preso e torturadoNOVENTA E OITO ANOS se passaram... Pelo que li na matéria publicada por MARCELO BERABA da Folha de S.Paulo, diante da declaração e do pouco liberado pela Marinha, não há como esperar um descortinar amplo e irrestrito?Consta que em 1910 alguns escritos que se ocuparam do assunto a nível nacional, procuraram elevar aqueles marinheiros, tidos como badamecos, à categoria de heróis ou de cidadãos paradigmas. Desafiando a paciência dos leitores... Por mais que eu queira ser sucinto... Não posso deixar no desvão o sucesso de Aldir Bland, imortalizado por Elis Regina: O Mestre-Sala dos Mares.Aldir Blanc apresentado ao compositor João Bosco por um amigo comum, Pedro Lourenço, na época estudioso da literatura, arte, etc etc Pedro havia feito pesquisas sobre a vida de João Cândido e a Revolta da Chibata. Na mesma época, o MAU (Movimento Artístico Universitário) foi muito influenciado pelo cineasta Claúdio Tolomei, já falecido. Tolomei tinha um projeto de fazer um curta metragem com João Cândido. Tendo estudado sobre a importância gigantesca da Revolta da Chibata e da figura histórica de João Cândido para a cultura brasileira. Baseados no conhecimento que Pedro e Claúdio: João Bosco e Aldir resolveram partir para um samba-enredo clássico: “O MESTRE-SALA DOS MARES”. Mister se faz mencionar os problemas enfrentados com a censura e os problemas com o Setor de Informação da Marinha por não tolerarem loas a um marinheiro que quebrou a hierarquia, matou oficiais, etc, mas teve o mérito de acabar com o castigo físico que eram impostos à marujada. Relatos dão conta que a ida, dos autores do samba-enredo, ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, fora marcado pelo interrogatório de um sujeito, bancando o durão, mãos na cintura, com a coronha da arma no coldre e a uns três centímetros do nariz dos interrogados, disse:O PROBLEMA É O NEGRO... NEGRO... NEGRO... Decidiram os autores dar um espécie de sacolejo surrealista na letra para confundir, meteram baleias, polacas, regatas e trocaram o título para o poético e resplandecente: O MESTRE-SALA DOS MARES, saindo da insistência dos títulos como ALMIRANTE NEGRO, NAVEGANTE NEGRO etc etc O artifício funcionou bem e a música fez um grande sucesso nas vozes de Elis Regina e João Bosco. Em 1985 a Escola de Samba União da Ilha trouxe para o carnaval o tema: "UM HERÓI, UMA CANÇÃO, UM ENREDO - NOITE DO NAVEGANTE NEGRO”. Os autores do samba receberam a Medalha do Mérito Pedro Ernesto.Eis a versão original do grande sucesso que tanto emocionou, ainda em vida, o líder da Revolta da Chibata. Cuja música perdeu-se no tempo:Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceuNa figura de um bravo marinheiroA quem a história não esqueceuConhecido como Almirante NegroTinha dignidade de um mestre-salaE ao conduzir pelo marO seu bloco de fragatasFoi saudado no portoPelas mocinhas francesasJovens polacas e um batalhão de mulatas.Rubras cascatasJorravam nas costas do negroPelas pontas das chibatasInundando o coraçãoDe toda a tripulaçãoQue comandada pelo AlmiranteGritava então:Glória às mulatas, aos piratas, às sereiasGlória à farofa, à cachaça, às baleias.Glória a todas as lutas inglóriasQue através da nossa históriaNão esqueceremos jamais.Salve o Almirante NegroQue tem por monumentoAs pedras pisadas no caís.Para o poviléu comum e corrente, como para certos arraiais da mais alta linhagem,o chefe da revolta ganhara status de herói na "defesa da causa justa dos pobres marinheiros".Coube a Severino Vieira apresentar um projeto de anistia para os amotinados, o qual encontrou em Ruy Barbosa um dos mais ardentes defensores."O povo está feliz. A gente de cor, os escravos de ontem, sorri com orgulho mostrando a brancura de seus dentes, porque vêem nascer para eles uma nova era de "liberdades" tão sonhada. A aristocracia está de luto. A situação é extremamente crítica. Se o governo cede a marinha morre".O projeto de anistia rezava no seu artigo 1º:"Será concedida anistia aos insurretos da Armada Nacional,. se estes, dentro do prazo que lhes fora marcado, pelo Governo, se submeterem às autoridades constituídas".Enfim, o projeto é aprovado no Senado por uma quase unanimidade. Ao fim e ao cabo, o projeto da anistia passa pelas suas casas do Congresso e vai à sanção presidencial. O Marechal Hermes, sem pestanejar, assina aquilo que seria a rendição do governo. "A anistia foi um golpe de morte na marinha deste país. Pobre Brasil". Aqui está uma crítica mordaz à completa inversão de valores que se abatera pela capitulação pura e simples das autoridades constituídas.Mas a questão não terminaria aí. A anistia foi mera fachada. Aceitas as condições dos revoltosos, depostas as armas, o país começou a voltar à normalidade. Somente o governo não se sentia confortável com a situação. E, numa ação com todos os contornos de covardia e de torpes maquinações, os revolucionários foram caçados como feras, alguns trucidados, outros torturados e outros mais mandados para os confins da Amazônia, onde as febres e as agruras do meio facilitaram o seu fim.O fim da Revolta da ChibataNo dia seguinte, no caís, João Cândido é detido. Enfiado em um cela condenado a 6 dias de pão e água. 16 homens sairiam mortos. Entre os sobreviventes da cela estava o líder da Revolta , que teve sua prisão prolongada até abril de 1911 de onde saiu transferido para um hospício, para mais tarde voltar à prisão comum. Os marujos rebelados em 1910 já cumpriam dez meses de prisão, quando lhes chegou uma notícia inesperada. A Irmandade da Igreja Nossa Senhora do Rosário, protetora dos negros, havia contratado para defendê-los, no julgamento que se aproximava três grandes advogados. Os três aceitaram a causa com uma única condição: a de que não lhes dessem nada em troca.O julgamento durou 48 horas. A leitura da sentença final foi feita depois das 3 horas da manhã. Resultado: todos os marujos foram absolvidos por unanimidade. Assunto encerrado? Claro que não. Os desdobramentos foram ingratos. A anistia geral, ampla e irrestrita, livre do ranço revanchista e dos arrivistas, foi concedida para o líder da Revolta da Chibata, em cujo bojo se inseri a figura de João Cândido, através do Projeto de Lei 7198/2002, do Senado Federal, cuja Comissão de Constituição e Justiça e de Redação de forma póstuma a João Cândido Felisberto, que liderou em 1910 a chamada Revolta da Chibata, e aos demais participantes do movimento que teve como conseqüência a abolição dos castigos físicos na Marinha Brasileira. O relator da matéria, deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), ressalta que a proposta, embora quase um século depois, resgata o nome e a memória desses revoltosos, que lutaram legitimamente pelo fim do regime de semi-escravidão a que eram submetidos na Marinha. "Tem o mérito ainda de procurar recompor, na medida do possível, a história de suas vidas, como se tivessem permanecido a serviço da Marinha" afirma.Reconhecimentos... Aos 81 anos, recebeu uma homenagem, em sua terra natal, da Sociedade Floresta Aurora, em Porto Alegre e outra na cidade do Rio Pardo.Ao embarcar no avião no antigo Santos Dumont, num Convair, avião de luxo da época, em companhia do filho caçula, diz: Eu sou um penetra, o céu pertence aos passarinhos". Lá chegando recebeu o título de “Cidadão de Porto Alegre”.Houve um movimento no sentido de se fazer uma escultura com a cabeça de João Cândido, para colocá-la em praça pública, com uma programação de ser recebido no Palácio Piratini, pelo então governador Leonel Brizola, o que causou outro movimento, agora dos oficiais da Marinha, que serviam no Distrito Naval, com sede em Porto Alegre, gozando a concessão do título de “Cidadão de Porto Alegre”, a inauguração do busto e a recepção no Piratini. A pequena escultura está recolhida num pequeno Museu do Rio Pardo, a bem da verdade sumiu. A Câmara Federal, em 15 de dezembro de 1959, realizou sessão em Homenagem a Marinha de Guerra que foi revestida de descontentamento e mais uma vez por ter sido citado o nome do “Almirante Negro”, João Cândido, o mal estar foi de tal monta que os Ilustres Oficiais da Marinha, liderados, pelo então Ministro da Marinha, que após dar um soco na mesa, levantou e se retirou, sendo seguido pelos 30 oficiais da comitiva. Como se não bastasse, o fato teve repercussão no Clube Naval, que fez uma menção de desagravo ao fato. Uma homenagem, entretanto, sensibilizou a João Cândido, foi o lançamento da 2a. edição do livro “REVOLTA DA CHIBATA”, no IV Festival do escritor brasileiro, no Museu de Arte Moderna, em noite memorável, com a presença de mais de 200 marujos, cantando o “Cisne Branco” e atirando seus gorros para o alto, numa estrondosa manifestação de solidariedade ao velho marujo João Cândido. Naquela noite, o "Almirante Negro” foi abraçado por Jorge Amado, Rubem Braga, Paschoal, Carlos Magno, José Condé, Eneida, Adalgisa Nery, Vinicius de Moraes, Manoel Bandeira, Clarice Lispector, Cassiano Ricardo, Marques Rebelo, Rachel de Queiroz, Homero Homem, Raimundo Magalhães Junior, Carlos Cavalcante, até por outros grandes escritores, que vieram do Amazonas e Rio Grande do Sul. Apesar de todo o reconhecimento... Logo acabou-se o doce... Acabada a festa, percorridos 12 hotéis, recebeu em todos a mesma resposta: NÃO HÁ VAGA!Acordo Traído...No dia 26 de novembro de 1910, o Congresso aprovou lei que anistiava os insurretos dos navios da Armada Nacional, caso eles não se submetessem às autoridades. A anistia, no entanto, só valeu para conduzir os revoltosos à rendição. Dois dias depois de publicada a lei, o Governo traiu o acordo que lhe dera origem, promovendo demissões, prisões e castigos que, em inúmeros casos, resultaram na morte dos rebelados.(Reportagem - Daniel Cruz - Edição Rejane Oliveira - Reprodução autorizada mediante citação da Agência Câmara - 61-318.7423 Fax 61-318-2390 E-mail agencia@camara.gov.br. A agência utiliza material jornalístico produzido pela Rádio, Jornal e TV Câmra.Em 1964, apesar da saúde precária, João Cândido comparece à famosa rebelião dos marinheiros. Já totalmente imobilizado, recebe o “golpe da misericórdia” durante o regime militar quando sua pensão foi extinta, num ato de arbítrio. A partir de então, seus filhos não conseguem emprego.Quando da palestra, por mim proferida, no auditório da Federação das Academias de Letras e Artes do Brasil (CONFALB) oitenta e cinco (85) pessoas compareceram. Entre os quais representações de Lojas Maçônicas e da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de S. Benedito dos Homens Pretos. Portanto, para mim, em particular, a palestra atingiu o objetivo. Entre as mais variadas demonstrações de regozijo recebidas uma sensibilizou-me. Refiro-me a remetida pela Acadêmica Messody Bonoliel:"Oi amigo Burity... Sua palestra foi impactante, se é que posso adjetivá-la. O que foi por nós ouvido, pautou-se plenamente em fatos apurados com zelo por você. Sua inteligencia é evidente, jamais poderíamos duvidar da veracidade do que foi alí relatado. Pena é que não possamos mudar a história, como não mudamos a carnificna hitlerista, quando milhões de judeus foram exterminados da forma mais cruel, incluindo crianças. O mundo está cada vez pior, raça e religião se misturam de forma a darem vazão a tudo que vem ocorrendo, no momento, no Iraque e no Afeganistão. Mas o lado bom é que estamos vivos e sabedores de tudo que ocorre lá fora, nossa sensibilidade se aguça e sofremos também por impotência para solucionarmos as injustiças e violências cometidas há séculos. Para nos alegrar um pouco, vejamos alguns pensamentos: *As nuvens são como chefes...quando desaparecem, o dia fica lindo!*Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental. Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, o doido é você. Messody".O tema "marinheiro" sempre, ou melhor vez por outra, é cantado em verso e prosa... A Federação das Academias de Letras do Brasil promoveu no ano de 2003 o VI Concurso de Poesia Alte. Olavo Dantas com o tema: AMOR DE MARINHEIRO que teve como Comissão julgadora os acadêmicos: Hugo Gonçalves Roma, Marilza A. de Castro Nobre e Mércia de Aloan. Transcrevo a vencedora da Medalha de Ouro:AO TEU AMOR DE MARINHEIROEm minha vida foste o amor primeiropelo vento da saudade dispersado...Apesar do teu querer tão bandoleirocontinuas em mim, agasalhado...Eu seio que ter amor de marinheiroé quase viver, só, ninguém ao lado...é singrar pelos mares um veleiroque se destina aos cais abandonado...é abrir a porta a quem não veio ainda...O importante é rever um novo dianuma aurora de paz que chega, linda,a enfeitar de esperança o coração...Tentar prender nas cordas da poesiao leme de fugaz embarcação...Autora: Larissa Loretti. Natural do Rio de Janeiro. Contista, poetisa, trovadora, declamadora e musicista. Prêmio Adelmar Tavares em concurso internacional do Rotary Club (1977). Primeiro lugar no gênero Conto, entre dez mil concorrentes, no concurso Augusto Mota (1977). Primeiros lugares em concursos de conto e poesia da AABB- Associação Atlética Banco do Brasil - Rio de Janeiro. Numerosas outras premiações em composições em diferentes cidades do Brasil.Membro Efetivo da Academias Pan-Americana, Nacional de Letras e Artes e a outras instituições culturais. Autora do livro de contos: A ESCRITA DO ESPELHO.Quer queiramos ou não João Cândido é um herói sem monumento. João Cândido é símbolo da luta pela liberdade de milhares de homens que, com o corpo retalhado pela chibata, escreveram um significativo episódio de nossa história.Para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), além do culto à figura histórica e libertária de João Cândido é motivo de orgulho e alegria. Conviver, diariamente, com um funcionário que tem no sangue a herança do patriotismo legado pelo "Almirante Negro", o filho de João Cândido, Adalberto do Nascimento Cândido, o 'Candinho", como é carinhosamente chamado, trabalhando no Departamento de Assistência Social daquela Casa.Curiosidade ou mera coincidência? No dia do funeral de João Cândido um forte temporal assolou o Rio de Janeiro, como se a natureza chorasse a perda daquele marinheiro... A chuva perdurou por todo o dia, inundando a Av. Brasil que se transforma num rio, se assemelhando ao mar, que era o seu habitat, trovões estouravam, lembrando salvas de canhões e os relâmpagos iluminavam o céu escuro.Todos são iguais perante a lei. Que grandiosa conquista da humanidade... Mas diferenças existem... E nesses casos, desiguais devem ser tratados como iguais? Há quem diga que a máxima: "Tratamento especial para especiais" seja dístico aristocrático. Como encarar então as disparidades do sistema social vigente no país? Eis a grande expressão algébrica social interrogativa dos dias atuais. Não se trata da utilização de palavras tendenciosas para captar e utilizar, com objetivos menos lícitos: Fora da cultura e da educação não há salvação. Cidadania acima de tudo! Esta é a história de um homem que dedicou grande parte de sua vida à Marinha. Mas que depois da revolta de 1910, jamais conheceu a tranqüilidade.Em sua lápide, está escrito:"João Cândido, o negro que violentou a História".Em outra a legenda embaixo do seu retrato:"João Cândido, exemplo para os jovens".Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro encontramos os seguintes registros:Projeto de Lei 2140/2000 DÁ O NOME DE MARINHEIRO JOÃO CÂNDIDO, O “ALMIRANTE NEGRO” (1880-1969), AO LOGRADOURO QUE MENCIONA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Projeto de Lei 1995/92 DISPÕE SOBRE A CONSTRUÇÃO DE MONUMENTO EM HOMENAGEM A JOÃO CÂNDIDO, O “ALMIRANTE NEGRO”. Projeto de Lei 736/84 DÁ O NOME DE MARINHEIRO JOÃO CÂNDIDO A UM LOGRADOURO PÚBLICO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. Projeto de Lei 737/84 DÁ O NOME DE MARINHEIRO JOÃO CÂNDIDO A UM ESTABELECIMENTO DE ENSINO PÚBLICO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.Projeto de Lei 738/84 DETERMINA O PODER EXECUTIVO A ERIGIR UM MONUMENTO AO “ALMIRANTE NEGRO” EM HOMENAGEM AO MARINHEIRO JOÃO CÂNDIDO. Projeto de Resolução 148/84 CONCEDE O TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, “POST - MORTEM”, AO MARINHEIRO JOÃO CÂNDIDO.Quantos projetos aprovados? Quantos colocados em prática? Isto é outra história.Assim como eu, as pessoas fazem o melhor que podem e se, erram, o melhor é oferecer a compreensão.A Revolta da Chibata foi um movimento pontilhado de forte reivindicação social e João Cândido, mesmo não sendo reconhecido, durante muito tempo, será a sombra de um ídolo e suas façanhas, aqui, ali ou acolá serão cantadas e imortalizadas mais que os bronzes oficiais.Quando da palestra agradeci a atenção dispensada e desejei a todos um seguro retorno aos lares e que continuassem envidando, sempre, esforços à causa da cultura, da educação, do trabalho e da preservação e conservação dos valores éticos e morais para que todos os filhos deste solo fértil, desta nossa imensa nação, possam se orgulhar de serem brasileiros.Hoje, aos internautas do Portal Mhário Lincoln, deixo registrado os meus agradecimentos pela atenção dedicada à leitura deste despretensioso arrazoado.
Artigo enviado às 12/03/08, dia 12/03/08 por Mhario Lincoln - Categoria: Elvandro Burity