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domingo, 21 de junho de 2009

Sempre um papo apresenta: WILMAR SILVA

página 01 - ediçãon° 73 do Jornal Aldrava Cultural
Poema de Wilmar Silva

Convite

SEMPRE UM PAPO (ANO 23) APRESENTA :


WILMAR SILVA

(poeta e ativista cultural)


No debate e lançamento do livro:


ESTILHAÇOS NO LAGO DE PÚRPURA

Local: Palácio das Artes

Dia: 29 de junho de 2009 - segunda-feira

Horário: 19:30




Nasceu em Rio Paranaíba (MG), em 30 de abril de 1965. Encontra-se em Belo Horizonte desde 1986. Poeta, ator, dramaturgo, performer. Curador do projeto Terças Poéticas, que já entrevistou diversos poemas. As entrevistas estão publicadas na revista Germina.

Andou pelo Triângulo Mineiro, onde fez artes cênicas, criando e produzindo espetáculos em coletivo, encenou O Auto da Compadecida e quase toda Maria Clara Machado, além de Plínio Marcos e textos de primeira água do próprio autor, que estreou com Lágrimas & Orgasmos, 1986, lançado na Biblioteca Pública Luiz de Bessa, BH, MG. Poemas publicados em revistas e suplementos no Brasil e no exterior, Portugal, Itália, França, com traduções ao espanhol, italiano e francês. Encenou performances com pesquisa de linguagem física sonora: Pardal de Rapina, Desmarcado, Afrorimbaudelia, Solo a Solo, Subida ao Paraíso, Ais etc. Criou em 2002 em Belo Horizonte a Anome Livros, destinada a publicações de todos os gêneros e exercícios com a palavra e o papel. Poemas musicados, interpretados e gravados por Jorge Dissonância, Reynaldo Bessa, Anand Rao etc. Curador do projeto de poesia Terças Poéticas, da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, parceria Suplemento Literário e Fundação Clóvis Salgado, nascido a 05 de julho de 2005 nos jardins internos do Palácio das Artes. Organizou o catálogo/antologia Terças Poéticas: jardins internos, lançado em 12 de dezembro de 2006, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Bibliografia: Moinho de Flechas, 1994, prêmio Jorge de Lima de poesia da União Brasileira de Escritores , RJ; Solo de Colibri, 1997, prêmio Blocos de Poesia, RJ; Arranjos de Pássaros e Flores, 2002, finalista Concurso Nacional Cidade de Belo Horizonte; Cachaprego, 2004, prêmio Sociedade de Cultura Latina do Brasil; o último, Estilhaços no Lago de Púrpura, 2006, 2a edição em 2007; além do estranho (na denominação do autor) Anu, 2001, que tem poemas no Museu da Língua Portuguesa, SP. Participou das seguintes antologias: Antologia da Nova Poesia Brasileira, org. Olga Savary; A Poesia Mineira no Século XX, org. Assis Brasil; Fenda - 16 Poetas Vivos, org. Anelito de Oliveira; Pelada Poética, org. Mário Alex Rosa, etc. Organizou a antologia O Achamento de Portuga", Anome Livros, 2005.

Os desdobramentos neo-barrocos de Wilmar Silva expõem descrições fraturadas oriundas de muitas tradições, desde cânones que inclusive evocam para si cantares medievais, a rupturas imprescindíveis com as vanguardas históricas, em função da sobrevivência da própria poesia. Márcio Almeida

Página organizada por Salomão Sousa para o Portal de Poesia Ibero-americana.



TURVAÇÃO

o homem sórdido não é feito
de palha e milho — colchões de catre sim
são de palha capim e paina
madeira desenhada a nós

mas o homem sórdido é sorumbático
até o fundo vertiginoso da alma
não toma banho
apenas as mãos os olhos os pés
lava antes do sono

o homem sórdido espantou avoantes
dormiu no pomar e ficou silvestre
e não coloriu as íris de arco-
íris




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