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domingo, 19 de maio de 2013

AMOR À CUTURA

A Cultura brasileira caminha a passos largos e de braços abertos para o mundo.

O grupo mineiro do InBrasCI, liderado pelos poetas criadores da poesia aldravista: Andreia Donadon Leal, Benedito Donadon, Gabriel Bicalho e Sebastião Ferreira, levou, em 2013,  artistas plásticos, músicos, poetas e prosadores de várias Entidades e Estados brasileiros às terras lusas: Lisboa, Ilha da Madeira...

Nós, Sede Nacional do InBrasCI, ficamos orgulhosos da nossa Governadoria mineira,  que tão bem representou, não só o InBrasCI, como outras Instituições culturais mineiras que eles dirigem, levando a co-irmãs lusitanas e madeirenses também o nosso abraço, mais o nosso reconhecimento pela profunda fonte cultural em que nós, brasileiros, tanto bebemos.

Recebendo agora, pela internet, o texto da acadêmica Vilma Cunha, de Araxá,MG, nossos bons momentos lá na Europa nos voltaram à mente e sentimos novamente todo o amor com que fomos lá recebidos.

Não podemos deixar de trazer aqui as boas recordações de Vilma Duarte.

De coração,

Marilza de Castro

Presidente do InBrasCI



 



Imagem:
Vilma Duarte(esquerda), e Andreia Donadon Leal (direita)
NAVEGUE
 
Portugal de novo!


Vilma Duarte

Nunca recusei uma gota que fosse das fontes que a vida me oferece. Bebo das águas generosas nos bons momentos, e sorvo as mais amargas com resignação e fé.
O prêmio não tem preço, tampouco comparação. Bate à minha porta, no endereço certo:
“Viver intensamente”.

Tem hora, me impressiono com tanta coragem pra enfrentar e fazer tanta coisa.
Maravilhoso uma mulher da minha idade, ousar e fazer acontecer.
Vaidade? De jeito nenhum. Apenas reconhecimento do meu diário e intenso esforço pessoal.

Chego de Portugal e Ilha da Madeira, abro o computador e dou de cara com dois convites:
Uma editora quer publicar, Mania de ser feliz, um livro inédito meu.
Nem chegamos, e um projeto novo da Mecenas de Mariana, Andreia Leal Donavan, que nos levou a Paris em 2012, e Portugal agora em 2013, convida para a participação e lançamento de: “O Livro das Aldravias II “ antologia bilíngue, em Madri e Valência, na Espanha.

Esta jovem mulher é um fenômeno! Artista plástica, mestra e doutora em literatura, desenvolve projetos culturais com tamanha desenvoltura, competência e rapidez, que me faz matutar.
Uai! E o tal Coração Vazio, filmado aqui, nunca visto em tela alguma até hoje. Cadê? Passaram um tira-gosto no Festival de Cinema, ano passado e depois ó! Sumiu...

Andreia e o marido, J B Donavan renomado professor da Universidade Federal de Ouro Preto, vivem em função da cultura. Acharam-me na Internet, topei a carona cultural e colho os frutos de uma das melhores decisões da minha vida. Segui-los na maratona cultural fazendo parte da SOCIEDADE BRASILEIRA DOS POETAS ALDRAVIANISTAS, participando das antologias promovidas pela editora do casal, acompanhando-os pelo Brasil e exterior nos lançamentos. Um luxo cultural.

Ao lado da presidente da Academia Araxaense de Letras Cátia Lemos Zema, amiga e grande companheira de viagem, irei aonde o porre cultural da Andreia me levar. Juntas, Cátia e eu fomos a Paris, ano passado, Lisboa e Ilha da Madeira, agora. Apoio, estímulo e cumplicidade.
Agradeço de coração. Já conhecida e apreciada pelos pelo grupo de Mariana, Cátia foi convidada para participar do segundo livro das Aldravias, e receberá também os diplomas das Academias de Letras portuguesas.

Contarei da nossa maratona cultural em crônicas caprichadas. Passar a cultura adiante, sempre foi será um dos meus fortes.

Nosso grupo foi recebido com pompa e circunstância na “Terrinha”, e acompanhado por distinguidas autoridades culturais, e importantes figuras administrativas do governo.
Tratamento VIP o tempo todo nas sessões acadêmicas impecáveis, visitas às universidades de Lisboa, à Biblioteca Nacional, palácios, museus, mosteiros, onde exposições brasileiras de literatura e artes plásticas coroavam a semana-Luso Brasileira, do Ano do Brasil em Portugal.

Convivemos, comemos e desfrutamos cultura ao vivo e em cores da mais alta qualidade.
Ao lado de figuras encantadoras da realeza. Sua Alteza Real, o Senhor Infante de Portugal, Dom Miguel de Bragança Duque de Viseu, e S. S. Dom Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês de Loulé e Conde do Rio Grande.
Chiqueza histórica.

Cultura, orgia gastronômica, vinhos de sabores divinos, degustados com histórias dos grandes nomes da vinicultura portuguesa, reencontro com velhos amigos de lá.

Meus repentes e cantoria de versos. Novidade para os anfitriões colonizadores, que se regozijaram com a minha alegria brasileira. Ventura pessoal poder ser eu mesma no meio de escritores amigos e cúmplices.

Bis de ficar na história.
Com detalhes imperdíveis nas próximas edições.



Imagem: Vilma Duarte e Sua Alteza Real, Infante Dom Miguel de Bragança, Conde de Viseu

Semana Luso-Brasileira

Ano do Brasil em Portugal

 Vilma Duarte

Sair de casa para uma viagem pomposamente cultural em Lisboa e Ilha da Madeira, prêmio maior que a loteria comum não tem.
Depois de um voo tranquilo, Belo Horizonte-Lisboa, fomos recebidos no Embaixador Hotel em Lisboa, por cicerones de luxo: Dr. Vítor Escudero, professor e acadêmico renomado, a esposa Dra. Ana Cristina Martins, figura expressiva no meio universitário de Lisboa, do Departamento de História da Universidade Lusófona e Sua Alteza Real, Infante Dom Miguel de Bragança, Conde de Viseu, para cumprir o primeiro dia de um intenso programa cultural.

Convido meus queridos leitores a conhecer palácios, museus, bibliotecas, Academias de Letras, Universidades, com paradas gastronômicas de dar água na boca. Não resisto em mostrar cardápios (em português de lá) com iguarias pra degustar de joelhos. Comer também foi cultura na festa gastronômica em todos os restaurantes de Lisboa e Funchal.

Sábado, 6 de Abril:

Almoço Típico no Restaurante Adega do Saloio, em São Pedro de Sintra.
Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas e Queijinho Fresco. Espetadas de Carne à Velha Sintra, com Batatinhas, Arroz e Salada. Sobremesa: Pudim da Casa ou Arroz Doce à Portuguesa. Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e café.

Depois, visita guiada ao Palácio Nacional da Vila de Sintra, acompanhados pela Dra. Ana Cristina Martins. Que aula a letradíssima professora nos deu!

O imponente palácio, principal conjunto arquitetônico sintrense, tombado como Monumento Nacional, tem origem provável num primitivo paço dos walis, mouros, originado de duas etapas de obras: a primeira, no reinado de D. João I (séc. XV); a segunda, no reinado de D. Manuel I (séc. XVI). Possui o maior conjunto de azulejos mudéjares do país. Duas grandes chaminés geminadas coroam a cozinha e constituem o "ex-libris" de Sintra. Com suas salas dos Cisnes; das Pegas; das Sereias; das Galés; da Coroa; de César; das Sereias; a Capela Gótica dedicada ao espírito Santo, os jardins começando a acordar em primavera, dou destaque pessoal para a sala dos Brasões. Onde o brasão dos “Cunhas” também fazia bonito na belíssima pintura histórica. A historiadora afirmou, ( já sabia da outra vez), que os “Cunhas” são um ramo só, de uma família conceituada e de tradição em Portugal.

Visita ao longo da Vila Romântica de Sintra, com “paragem” para comer as tradicionais Queijadinhas e Travesseiros de Sintra.
Minha 2ª vez lá, com lembranças literárias de Maria Eduarda e Carlos Eduardo, crias de Eça de Queirós, que viveram uma paixão avassaladora por aquelas paragens.

À noite Jantar/Sarau da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro, no Restaurante Clara Chiado, no Chiado, em Lisboa.
Ementa: Pão, Azeite e Manteiga, Azeitonas, Pastéis de Bacalhau e Peixinhos da Horta.
Sopa Rica do Mar à Rafael Bordalo Pinheiro. Peixe Branco com Saudades de Portugal e Acompanhamentos Variados. Sobremesa: Sopa de Morangos à Chiado ou Fruta
Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café.
Regalo requintado para o paladar.

Em seguida Sarau Literário e Cerimônia de Entrega de Diplomas da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro e outras lembranças aos Visitantes Brasileiros, e medalhas e diplomas concedidos aos ilustres anfitriões pela ALACIB, e Diploma de Grande Mérito Cultural da Aldrava de Letras e Artes à Professora Doutora Ana Cristina Martins.
Numa cerimônia aconchegante e bonita a troca de figurinhas luso- brasileira cultural aconteceu em alto estilo. Sua Alteza Dom Miguel, aguentou firme o dia inteiro no programa intenso, e ajudou na entrega de medalhas e diplomas aos intelectuais presentes.

A cultura me fascina tanto, que desconheci o cansaço apesar da travessia aérea de mudança de continentes, a fim de chegar ao abençoado destino europeu.

Bem haja, Portugal!


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Semana Luso-Brasileira II
(Portugal)

Vilma Duarte





Tomem seus lugares a bordo. Vamos continuar a viagem.
Portugal sempre nos espera antigo, moderno, amigo e paternal.

Lisboa ergue-se nas suas 7 colinas sobre o rio Tejo, banhada por uma luz única. Capital de Portugal desde a conquista aos Mouros em 1147, é uma cidade lendária com mais de 20 séculos de história e o mais importante polo turístico do País. Dos edifícios pombalinos, com fachadas de azulejos, às estreitas ruas medievais dos bairros típicos, com animada vida noturna, aos inúmeros museus, palácios, lojas, Lisboa encanta viajantes curiosos.

Com Dr. Vítor Escudero, perito no assunto, visitamos a Lisboa Monumental.
Passamos pela Praça Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade, Rossio e baixa de Lisboa, Sé de Lisboa, Castelo de S. Jorge, Alfama, Praça do Comércio, Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e Monumento das Descobertas.

Destaco o Mosteiro dos Jerônimos, obra fundamental da arquitetura Manuelina, encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama regressar da sua viagem à Índia.
Foi iniciada em 1502. O nome vem da Ordem de São Jerônimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755, mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.
Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos
Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique. Ainda os de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa.

Depois do deslumbrado tour, iguarias de lamber os beiços no Almoço Típico Ribatejano no Clube Taurino Vilafranquense.
Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas e Peixinhos do Rio de Escabeche, Carne de Toiro Bravo à Panela de Campino. Salada de Frutas do Campo. .Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café, Arte culinária, deliciosamente cultural.
Distribuição de Diplomas da Academia Internacional de Heráldica (Portugal) e Homenagem aos Poetas Aldravistas Brasileiros.

Fazer o quilo visitando o Núcleo Museológico do Mártir São Sebastião, e a Exposição de Pedras Armoreadas do Concelho de Vila Franca de Xira, acompanhados pelo Investigador - Mestre David Silva e o Museu do Neo-Realismo Português, em Vila Franca de Xira, experiência nova com digestão cultural.

Mais tarde, visita e recepção na Tertúlia, A Círófila, na Centenária Praça de Toiros Palha Blanco, com requintado coquetel, mostra dos arquivos de “toiradas,” entregas de Mérito Cultural e troca de lembranças. Momento primoroso de conhecer mais um capítulo da riqueza históric- cultural da Vila Franca de Xira.

Às 19.30, Aperitivo “Pôr do Sol” e Jantar no Restaurante” Voltar ao Cais”, em Alhandra.
Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas, Peixinhos da Horta e Ovos Mexidos com Farinheira. Torricado com Bacalhau Assado.. Selecção, (com 2 cês) de Sobremesas “Voltar ao Cais”. Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café. Um luxo gastronômico!
Sem traduzir para não estragar a surpresa de quem, se puder, conheça o velho Portugal.

Finalizando as atividades do dia precioso, Tertúlia Poética entre Poetas Aldravistas Luso-Brasileiros. O poema de improviso desta representante brasileira, falando da história dos descobridores e agradecendo a acolhida todos os dias e em todos os lugares, comoveu os gentilíssimos anfitriões, convidados, e donos do distinguido restaurante.

Viva a Literatura Brasileira Aldravista, nascida e batizada em Mariana.
Fazendo as honras de Minas Gerais, em mares nunca dantes navegados...

Milagre das palavras,- que de carona com a criatividade, pulam cancelas continentais.

Semana Luso Brasileira III

“Lisboa velha cidade”



Vilma Duarte
 
 

 
Imagem:
Vilma Duartee e S S Dom Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês de Loulé e Conde do Rio Grande.
 
 
A viagem em Lisboa chega ao fim. Ótima!

Cultura, História, encantamento, lazer, comida boa com prosa boa, laços de amizade nova se apertando, presente de nunca esquecer.

Depois, decolar de novo e descer em Funchal, capital da Ilha da Madeira, antes de regressar.



Segunda-Feira, dia 8 de Abril

De manhã meu amigo de lá e eu, almoçamos bacalhau grelhado no requintado restaurante da Casa D’Alentejo, imponente palacete dos bons tempos. Depois de passear pelo Rossio, onde fica a estátua de Dom Pedro I, Dom Pedro IV, pra eles. Arquitetura belíssima, história ao vivo e em cores, lojas de souvenir, comprinhas modestas, e degustação da “ginjinha”.

Ginja (cereja ácida), pequeno fruto redondo de cor vermelha escura e sabor agridoce.

O licor de ginja ou ginjinha, aromático e de teor alcoólico moderado. Já foi uma bebida da burguesia por causa do preço alto. Hoje, é muito popular.

À tarde, visitamos as Exposições: “Escritoras Brasileiras Editadas em Portugal” e “Literatura de Cordel Brasileira”, ambas patentes na Biblioteca Nacional de Portugal, com o show de aula da Professora de História, Doutora Ana Cristina Martins. Tive a honra de me cadastrar como escritora e deixar um dos meus livros na imponente Mansão da Leitura.

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Mais tarde fomos recebidos na ULHT, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias com Conferência por Poeta Aldravista, da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas, e lançamento do Livro O Pão Nosso, do poeta aldravista português, Dr. Vítor Escudero.

E Cerimônia Acadêmica de entrega de Medalhas e Diplomas.

Em seguida, jantar Informal na Cantina da Universidade. Delícias no bandejão português.

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Mais tarde, Cerimonia Acadêmica rica em conteúdo no Salão Nobre da Academia Portuguesa de Ex-Líbris. Inauguração da Exposição: “O Esplendor do Ex-Líbris Brasileiro, nas Colecções Portuguesas”. Lançamento de O Livro das Aldravias, Nova Forma/Nova Poesia. Lançamento do Livro O Pão Nosso, Aldravias Portuguesas, de Vítor Escudero. Distribuição de Diplomas e Insígnias da Academia Portuguesa de Ex-Líbris e da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas. As sedes das Academias de Letras, regalo arquitetônico, histórico e cultural.



Terça-Feira, dia 9 de Abril:

Manhã livre. Descansei, que não sou de ferro.

Às 15 horas, 1ª Bienal do Mediterrâneo do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais de Minas Gerais, no Convento dos Cardaes, em Lisboa.

Nilze, a curadora brasileira fez bonito com a mostra de livros, pinturas de artistas brasileiros, e entrega de prêmios para pintores portugueses. Foi servido um coquetel no capricho. Entre outras tentações, os famosíssimos “Pastéis de Belém”, derretendo na boca.

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Mais tarde, Cerimônia Académica no Salão Nobre da Academia de Letras e Artes. Colóquio/Mesa Redonda: Poesia Contemporânea Brasileira. Entrega de Medalhas de Membro e de Mérito Cultural à Escritora Celeste Cortez. Lição Magistral de Sapiência pelo Presidente da Academia de Letras e Artes, Professor Doutor António de Sousa Lara. Aprendizagem todo dia, com excesso de bagagem cultural.

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Em seguida, Jantar Típico, presidido por S S Dom Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês de Loulé e Conde do Rio Grande.

E pelo presidente da Academia de Letras e Artes , o palestrista da noite. A festa gastronômica no Restaurante Tradicional do Monte Estoril em Cascais, com pratos típicos e vinhos fantásticos. Difícil foi escolher.

Com todo o respeito, além da simpatia, Dom Filipe é um pão. Meu repente da noite, teve algo de “Real”.

Aquelas Suas Altezas... Haja, Deus! Acabo virando monarquista.


Lisboa me cativou de cara no-muito- prazer.

Com motivos de sobra pra eu voltar a 3ª vez. Ter recebido três diplomas de Academias de Letras Portuguesas ajuda a fazer as malas.

Me queres, queridona?

Voltarei!
 
 
 



 
Semana Luso-Brasileira IV
A Ilha Paradisíaca
Vilma Duarte

                   Imagem:Vista aérea parcial da Ilha da Madeira
                  Vilma Duarte e componentes do grupo de viagem
 (alto/esquerda)
                     e Vilma Duarte com a florista (baixo/direita)


A Ilha da Madeira, a principal, (740,7 km²) do arquipélago da Madeira, de origem vulcânica clima subtropical com extensa flora exótica, tendo o turismo como a maior fonte de economia, situa-se no Oceano Atlântico, a sudoeste da costa portuguesa.



Funchal vem de funcho, planta aromática e comestível nativa do Mediterrâneo, encontrada em estado silvestre e muito conhecida nossa. Capital da Ilha da Madeira, abriga 105 mil dos 250 mil habitantes da ilha. Fundada em 1424 por João Gonçalves Zarco, a cidade linda se aconchega em colinas próximas. O porto recebe cruzeiros com milhares de turistas, ávidos pra conhecer o centro histórico, o mercado municipal, ótimos restaurantes e o teleférico. Seus bons ares, fizeram-na procurada como estação de saúde nos idos. Os nativos gostam de contar de visitantes-pacientes ilustres como a Imperatriz Sissi, da Áustria (Elizabeth Wittelsbach, 1837-1898), e o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill (1874-1965).

Chegamos noite adentro em Funchal, e fomos recebidos no aeroporto por Dr. Miguel Caldeira, turismólogo e Grande Articulador entre Brasil e Portugal, através da Chancelaria na R.A.M.; representantes da Câmara Municipal do Funchal; da Casa da Cultura John dos Passos e Dr. Édison Pereira de Almeida, também Articulador e Chanceler da INBRASCI, Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais. Fomos direto para uma sala VIP, onde foi servido um coquetel, enquanto recepcionistas lindas e prestativas direcionaram nossa bagagem para o ônibus que nos levaria ao resort, Hotel Quinta das Vistas. Mordomia Cultural!

O motorista, Roberto Carlos, jovem, bonito, culto, e o guia nos dois dias naquele paraíso não me escapou. Você é o.“ esse cara sou eu”, daqui? Ele riu satisfeito.

O resort, luxo muito bem posto em local privilegiado, olhava panorâmico praquele marzão exibido com tanta azuleza esverdeada, que não cabia nos meus olhos agradecidos.

Depois do “Pequeno almoço” no Hotel Quinta das Vistas descemos para o Funchal.

Primeira visita ao Mercado dos Lavradores com produtos da terra, flores esfuziantes, cantoria de grupos folclóricos, uma festa cultural.

Desde menina ouvia a glorificação dos bordados da Ilha da Madeira. Visitamos Bordal (bordado Madeira e Madeira Story Center. Ouvir a história daquela preciosidade artesanal, assistir às bordadeiras, ver os riscos, os trabalhos em andamento e prontos, nossa!, De tirar o fôlego. As peças, joias artesanais, valem cada fração do custo alto.

Almoçamos na Zona Velha da Cidade. “Ementa” hum!... à delícia portuguesa.

Em seguida, conhecemos a Madeira Wine Company, uma das vinícolas onde o famosíssimo Vinho Madeira é ritualmente preparado. A história contada com minúcias, o descanso do precioso por anos e anos nos imensos tonéis de carvalho, e a saborosa degustação.

Chorei meus afilhados do Clube dos Amantes do Vinho, lá.

Terminada a visita ao Museu de Arte Sacra, tivemos a Cerimônia Oficial no Salão Nobre da Câmara Municipal com OUTORGA DAS MEDALHAS “100 ANOS DE JORGE AMADO”, pelo Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.

Regressamos ao Hotel rapidinho e saímos pra jantar, com “Ementa” diferente, Espetadas.

Dá pra adivinhar? Churrasco em espetos de cabeça pra baixo. Carne com pedaços menores desmanchando na boca, acompanhamentos divinos, e vinho. Deliciosos vinhos!

Dia do tamanhão do sensacional.



12 DE ABRIL, último dia na Terrinha.

Partimos cedo para a Vila Ponta do Sol a fim de visitar o Centro Cultural John do Passos e apreciar a Conferência com o Professor Doutor Alberto Vieira: Da Madeira ao Brasil: Vivências com História, seguida de Outorga das Medalhas de Mérito Cultural.



Depois, Madeira de Boas Vindas e Almoço na Estalagem Quinta da Rochinha no alto da colina, com acesso por elevador. “Ementa” de dar água na boca e vista de dar água nos olhos.

Em seguida, visita ao Museu Casa das Mudas com espécies vegetais nativas e internacionais.

Visita ao Engenho da Calheta, muito interessante, e passagem no Cabo Girão na volta.

Terminamos o roteiro apertado, mas gratificante na Vila Piscatória de Câmara de Lobos e jantamos mais cedo para agilizar o embarque de volta à Lisboa.



A gentileza dos portugueses em Lisboa e Funchal ficará nas melhores lembranças.

Voltamos ao Brasil enriquecidos culturalmente, extasiados com a beleza natural, arquitetônica e histórica dos lugares visitados, saciados com “ementas” servidas no requinte do bom gosto, com tempero apurado nas receitas seculares dos nossos colonizadores.



O grupo homogêneo e fraterno também ficará na história. Agradeço tanta ventura a Deus, aos portugueses, à direção do projeto bem sucedido, aos amigos que eu tinha e aos novos que fiz.



2014 promete. Lançamento do 2º Livro das Aldravias em Madri e Valência.

Que venha a Espanha aos nossos anseios culturais!

Olé!