Justiça e História nas palavras de Barbosa
Por Alessandra Leles Rocha
Longe de cerrar fileira com a imprensa e dispensar também o meu tempo precioso a falar sobre o Mensalão; afinal, essa nódoa rançosa no envoltório nacional mostrou que pode sim ser retirada, mesmo em processo gradual. Quero dedicar-me a discorrer sobre os bons ventos que trouxeram de volta - ao lugar de onde jamais deveriam ter saído - o esforço, o mérito, e todos os nobres valores constituintes de um ser humano de bem.
Já faz tempo que Rui Barbosa¹ descreveu em palavras o sentimento incomodativo que perseguia a sociedade brasileira desde suas origens: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Mas, não por obra do acaso, ou simples coincidência, quis a história trazer a mudança pelas mãos e o trabalho criterioso de outro Barbosa, Joaquim Benedito Barbosa Gomes 2. Coube ao nobre Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a relatoria do caso mais grave de maus hábitos políticos e sociais do país nos últimos tempos. É! A prática da desonestidade, da corrupção, do chamado “caixa dois”,... e de toda uma lista de atos reprováveis estava tão cronificada que não se deu conta de que ela própria se faria arauto da grande devassa, pela qual se aguardava por mais de quinhentos anos. [...]
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