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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

VISITA AO ACRE II

VISITA AO ACRE
(Marilza de Castro)

II- PRIMEIRO E SEGUNDO DIAS

Depois de uma reconfortável noite de sono, despertamos cedo, tomamos nosso lauto café no hotel e depois fomos levados por Mauro e Simplício para uma entrevista na Rádio Difusora Acreana com a acadêmica e locutora radiofônica Nilda Dantas, agradabilíssima no trato com seus entrevistados; ao final, fomos levadas rapidamente a uma visita por pontos turísticos de Rio Branco, pois já estávamos sendo chamados a dar uma entrevista para o jornal “O Rio Branco” e o seu jornalista Clério Rabelo já nos aguardava no Mercado Velho para tanto. Ei-la ao lado.
Ao término da entrevista, fomos conduzidos ao restaurante do SESC – ACRE que nos ofertou, pelos seis dias que estivemos presentes à Semana Cultural do Acre, saboroso e saudável almoço.
Na parte da tarde, fomos chamados a nova entrevista gravada, dessa vez na TV Bandeirantes. Como aqui no Rio, os horários de TV não são muito amplos, há muitos assuntos a serem tratados e a ênfase maior é sempre para a parte política, mas a Cultura teve a sua oportunidade no Acre. Aleluia! Agradecidos ficamos.
De volta aos nossos hotéis, um bom banho relaxante, uma boa refrigeração nos quartos, tomar conhecimento dos atuais assuntos nacionais e internacionais pelos jornais da TV, um gostoso lanche pedido por telefone no quarto e uma boa soneca até o dia seguinte.
No dia 15 acordamos cedo, a programação da agenda o exigia: íamos a Xapuri visitar a “casa de Chico Mendes” e seu Museu... Esperávamos mais; Chico Mendes que foi tornado mártir-herói pela política, que só se interessava realmente em poder sobreviver... E agora lá está o que de sua memória restou, um quase nada, uma carência só, um desprovimento como o é a própria Xapuri, cuja melhor memória que aqui se tem no Rio de Janeiro é a de Luciana Barbosa Nobre, poetisa, Acadêmica, Presidente de Academia enquanto viva, a “Guerreira de Xapuri”, pois através da palavra batalhou por levar a Cultura acreana a todos os rincões do nosso país, com muita garra e denodo.
Saídos de Xapuri, partimos para Brasiléia, fronteira com a Bolívia, onde a nós se juntaram a Drª Aleuda Dantas Tuma, que vinha preparando, junto com os demais, a recepção à comitiva do Rio de Janeiro e a Drª Gislene Salvatierra da Silva; um rápido passeio de carro por Brasiléia nos mostrou, como nos disse a Drª Aleuda, “uma pequenina cidade, já anciã centenária, que embora tenha sido a maior produtora mundial de borracha, hoje é somente acolhedora, hospitaleira e seu grande patrimônio está na sua gente.” Logo entramos na Bolívia, sem maiores nem menores dificuldades, fronteira aberta, atravessamos uma ponte e já estávamos em Cobija, cidade boliviana que tem um pequeno comércio de zona franca. Utensílios de casa, cama e mesa são bem mais em conta que no Rio, mas nada de típico encontrei ali; dizem que o comércio típico é mais distante da fronteira acreana. Algumas pessoas da comitiva fizeram compras na Bolívia; o importante é pedir nota fiscal de tudo que se compra lá e estar com sua identidade junto para quando voltar, passar na aduana, exibir documentação e ser liberada de qualquer taxa, desde que não exagere nas compras... Há limites... O adorável foi o almoço de confraternização entre acadêmicos que fizemos em Cobija... Hulalá, que comida gostosa!... Que companhias adoráveis!...
Um pouco antes das 16 horas já estávamos voltando, em terras de Brasiléia, para deixarmos as nossas duas amigas que ali residiam, sendo que a Drª Gislene Salvatierra da Silva, por sua não só proximidade residencial, mas também descendência familiar de Bolívia e Peru, bem como integração cultural com tais nações co-irmãs do Brasil, sua capacidade intelectual incomensurável foi convidada a e já aceitou, ser Sub - Chanceler InBrasCI em Bolívia e Peru, faltando apenas marcar a cerimônia de Posse da mesma.
Chegamos à noite em Rio Branco e só nos restava tomar um bom banho, comer algo leve e adormecer como os anjos.