“A Inconfidência Mineira no contexto da Revolução Francesa”
Exposição do Museu da Inconfidência integra programação do Ano da França no Brasil
O Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, abre, no dia 17 de abril, às 20h30, a exposição “A Inconfidência Mineira no contexto da Revolução Francesa”. O evento, que será realizado na sala de exposições temporárias da instituição, marca o início das mobilizações nacionais e internacionais em comemoração ao Ano da França no Brasil.
Além de inserir o Museu e parte de seu acervo referente ao movimento da “Conjuração Mineira” no programa comemorativo, o trabalho culmina com a celebração dos 220 anos de morte de Tiradentes, em 21 de abril. Nesta data, autoridades do Brasil e da França serão condecorados com a “Medalha da Inconfidência Mineira”, em Ouro Preto, em evento realizado pelo Governo do Estado.
A exposição dará destaque à especificidade da antiga Vila Rica como cidade de maior relevância referente à influência francesa na formação da cidadania brasileira e das ideias iluministas, assim como no desenvolvimento político e social da sociedade no século XVIII. “O Museu da Inconfidência é considerado o maior centro de referência da Conjuração Mineira no país. O movimento revolucionário teve como palco a antiga Vila Rica e difundiu o ideal libertário do Iluminismo no Brasil”, explica a chefe da Seção de Difusão do Acervo e Promoção Cultural do Inconfidência, Margareth Monteiro.
Além de acervo do próprio Museu, a exposição contará com peças de instituições como Museu Mariano Procópio (Fundação MAPRO), Museu da República, Museu Histórico Nacional e Câmara Municipal de Ouro Preto. Dentre os objetos de destaque, estão as telas “Tiradentes Supliciado” (Pedro Américo), “A leitura da sentença de Tiradentes” (Leopoldino Faria) e “República” (Décio Villares); a publicação “Autos da Devassa”; relógio e sentença original de Tiradentes; primeiro volume do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles; reprodução do Mapa de Paris em 1789, com registro dos locais e dos fatos mais importantes da Revolução Francesa; dentre outros.
A exposição permanece aberta até o dia 31 de maio, na Sala Manoel da Costa Athaíde, no Anexo I do Museu da Inconfidência. A visitação, gratuita, pode ser realizada de terça a domingo, das 12h às 18h.
Ano da França no Brasil
O Ano da França no Brasil acontece de abril a novembro de 2009, em diversas cidades brasileiras, com o objetivo de estreitar os laços entre os dois países. O projeto pretende apresentar aos brasileiros de todas as regiões a França atual, em termos culturais, econômicos, intelectuais, educacionais, tecnológicos e científicos. A programação, abrangente, inclui espetáculos, shows, exposições, palestras e debates nas mais diferentes áreas.
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SERVIÇO
Abertura da exposição “A Inconfidência Mineira no contexto da Revolução Francesa”
Data: 17/04/2009
Local: Sala Manoel da Costa Athaíde (Anexo I) – Rua Vereador Antônio Pereira, 33 / Centro
Horário: 20h30
Visitação: até 31 de maio, de terça a domingo, das 12h às 18h
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Informações para a imprensa:
Rui Mourão (diretor do Museu da Inconfidência): (31)3551-1121
Margareth Monteiro e Janine Ojeda (Museu da Inconfidência): (31)3551-6023
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Contexto
O movimento conspiratório da Inconfidência Mineira, surgido na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, por volta de 1781, influenciado pelo pensamento dos enciclopedistas franceses, tornou-se público em 1789. Considerado hoje o antecedente de maior consequência para o nosso rompimento com a Metrópole, sua importância vem do fato de ter sido uma indiscutível manifestação da sociedade local, com envolvimento popular talvez discreto, mas que vai sendo cada vez mais reconhecido.
No período de decadência da exploração do ouro, Vila Rica encontrava-se submetida ao arbítrio de Portugal, que tinha dificuldade em aceitar as alegações sobre a escassez das minas. Supondo-se vítima de evasão criminosa, só pensava em aumentar o rigor da fiscalização. A situação tornou-se de tal forma conflituosa que até a população não comprometida diretamente com a mineração corria risco de ser despojada de suas propriedades, no caso de ser decretada a “derrama”, que fixava cota anual elevada para os recolhimentos a serem feitos em favor do Reino. Caso o produto das minas se mostrasse insuficiente para honrar o compromisso, desapropriações a todos passariam a vitimar.
Embora a circulação de livros fosse terminantemente proibida, bibliotecas clandestinas por aqui apareceram. Através delas, uma cúpula intelectual tomou conhecimento do movimento de idéias que se espalhava pelo mundo e, depois de ter inspirado o movimento da independência dos Estados Unidos, produziria a Revolução Francesa. Essa ideologia foi trazida, além do mais, por jovens das nossas famílias abastadas, que puderam freqüentar as universidades de Coimbra, em Portugal, e Montpellier, na França.
O episódio da Inconfidência, que terminou com o enforcamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e o degredo de dez participantes em terras africanas, foi reprimido durante o período imperial, mas teve a sua memória recuperada durante a campanha para a proclamação da república. A partir daquele momento, a sua força estruturadora da nação independente só fez crescer.
Rui Mourão-- Tatiana ToledoAssessora de Comunicação(31) 3551 - 6023 / (31) 8589 - 9888MinC / IPHAN / Museu da Inconfidência
Exposição do Museu da Inconfidência integra programação do Ano da França no Brasil
O Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, abre, no dia 17 de abril, às 20h30, a exposição “A Inconfidência Mineira no contexto da Revolução Francesa”. O evento, que será realizado na sala de exposições temporárias da instituição, marca o início das mobilizações nacionais e internacionais em comemoração ao Ano da França no Brasil.
Além de inserir o Museu e parte de seu acervo referente ao movimento da “Conjuração Mineira” no programa comemorativo, o trabalho culmina com a celebração dos 220 anos de morte de Tiradentes, em 21 de abril. Nesta data, autoridades do Brasil e da França serão condecorados com a “Medalha da Inconfidência Mineira”, em Ouro Preto, em evento realizado pelo Governo do Estado.
A exposição dará destaque à especificidade da antiga Vila Rica como cidade de maior relevância referente à influência francesa na formação da cidadania brasileira e das ideias iluministas, assim como no desenvolvimento político e social da sociedade no século XVIII. “O Museu da Inconfidência é considerado o maior centro de referência da Conjuração Mineira no país. O movimento revolucionário teve como palco a antiga Vila Rica e difundiu o ideal libertário do Iluminismo no Brasil”, explica a chefe da Seção de Difusão do Acervo e Promoção Cultural do Inconfidência, Margareth Monteiro.
Além de acervo do próprio Museu, a exposição contará com peças de instituições como Museu Mariano Procópio (Fundação MAPRO), Museu da República, Museu Histórico Nacional e Câmara Municipal de Ouro Preto. Dentre os objetos de destaque, estão as telas “Tiradentes Supliciado” (Pedro Américo), “A leitura da sentença de Tiradentes” (Leopoldino Faria) e “República” (Décio Villares); a publicação “Autos da Devassa”; relógio e sentença original de Tiradentes; primeiro volume do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles; reprodução do Mapa de Paris em 1789, com registro dos locais e dos fatos mais importantes da Revolução Francesa; dentre outros.
A exposição permanece aberta até o dia 31 de maio, na Sala Manoel da Costa Athaíde, no Anexo I do Museu da Inconfidência. A visitação, gratuita, pode ser realizada de terça a domingo, das 12h às 18h.
Ano da França no Brasil
O Ano da França no Brasil acontece de abril a novembro de 2009, em diversas cidades brasileiras, com o objetivo de estreitar os laços entre os dois países. O projeto pretende apresentar aos brasileiros de todas as regiões a França atual, em termos culturais, econômicos, intelectuais, educacionais, tecnológicos e científicos. A programação, abrangente, inclui espetáculos, shows, exposições, palestras e debates nas mais diferentes áreas.
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SERVIÇO
Abertura da exposição “A Inconfidência Mineira no contexto da Revolução Francesa”
Data: 17/04/2009
Local: Sala Manoel da Costa Athaíde (Anexo I) – Rua Vereador Antônio Pereira, 33 / Centro
Horário: 20h30
Visitação: até 31 de maio, de terça a domingo, das 12h às 18h
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Informações para a imprensa:
Rui Mourão (diretor do Museu da Inconfidência): (31)3551-1121
Margareth Monteiro e Janine Ojeda (Museu da Inconfidência): (31)3551-6023
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Contexto
O movimento conspiratório da Inconfidência Mineira, surgido na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, por volta de 1781, influenciado pelo pensamento dos enciclopedistas franceses, tornou-se público em 1789. Considerado hoje o antecedente de maior consequência para o nosso rompimento com a Metrópole, sua importância vem do fato de ter sido uma indiscutível manifestação da sociedade local, com envolvimento popular talvez discreto, mas que vai sendo cada vez mais reconhecido.
No período de decadência da exploração do ouro, Vila Rica encontrava-se submetida ao arbítrio de Portugal, que tinha dificuldade em aceitar as alegações sobre a escassez das minas. Supondo-se vítima de evasão criminosa, só pensava em aumentar o rigor da fiscalização. A situação tornou-se de tal forma conflituosa que até a população não comprometida diretamente com a mineração corria risco de ser despojada de suas propriedades, no caso de ser decretada a “derrama”, que fixava cota anual elevada para os recolhimentos a serem feitos em favor do Reino. Caso o produto das minas se mostrasse insuficiente para honrar o compromisso, desapropriações a todos passariam a vitimar.
Embora a circulação de livros fosse terminantemente proibida, bibliotecas clandestinas por aqui apareceram. Através delas, uma cúpula intelectual tomou conhecimento do movimento de idéias que se espalhava pelo mundo e, depois de ter inspirado o movimento da independência dos Estados Unidos, produziria a Revolução Francesa. Essa ideologia foi trazida, além do mais, por jovens das nossas famílias abastadas, que puderam freqüentar as universidades de Coimbra, em Portugal, e Montpellier, na França.
O episódio da Inconfidência, que terminou com o enforcamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e o degredo de dez participantes em terras africanas, foi reprimido durante o período imperial, mas teve a sua memória recuperada durante a campanha para a proclamação da república. A partir daquele momento, a sua força estruturadora da nação independente só fez crescer.
Rui Mourão-- Tatiana ToledoAssessora de Comunicação(31) 3551 - 6023 / (31) 8589 - 9888MinC / IPHAN / Museu da Inconfidência