InBrasCI - Verbete Wikipédia

domingo, 27 de maio de 2007

InBrasCI na Europa - I

- Recordações da nossa viagem a Portugal e Ilha da Madeira, objetivando a efetivação da implantação da Chancelaria do InBrasCI.
CRÔNICA DO DIA-A-DIA, CRÔNICA DA VIDA
(Marilza de Castro)

Imaginem-se longe de suas casas... de seus entes queridos... da terra em que nasceram ou vivem... Saudade, banzo... “A saudade é dor pungente, moreno... a saudade mata a gente...”
Some-se, a isso, um dia de feriado... dia próprio pra lagartear... e eu, lá... “tão só, tão só sem ninguém, pra me querer bem e não ficar tão só... tão só... tão só...”
Era nessa situação em que me encontrava, no início deste maio, em cidade de Lisboa, Portugal, a refletir sobre a Vida, a Cultura, o Amor... e como boa amante da palavra, tomei da pena e pus-me a escrever... e adorando compartilhar, não me contenho hoje e busco sentir o eco daquelas minhas palavras de então, chego-me aqui a vós todos e coloco a minha reflexão daquele dia.
Feriado... Primeiro de maio deste ano de dois mil e seis – Dia do Trabalhador e eu em plena Lisboa, hospedada na casa de Ana Esteves, minha amiga, como se estivesse em minha própria casa... A mente em ebulição de idéias... pensamento espelhado na ação da mão que comanda a caneta...
Ana foi a seu curso de Tarot Terapêutico, que, curiosamente, tem como professor alguém residente em Brasília, solo brasileiro... Estou só em casa; abri todas as portas e janelas passíveis de serem abertas, deixando entrar o Sol, sua luz e calor... o ar... fazendo circular a energia... sentindo a vida penetrar...
Renovo-me pela Natureza, em plena urbe.
Liguei o rádio, percorri as várias emissoras em funcionamento e descobri que, aqui na capital portuguesa, é bastante igual ao Rio de Janeiro: predominam as músicas, o ritmo norte-americano, inclusive o funk cantado com sotaque português; um pouco da música francesa, futebol... É a conseqüência da chamada globalização, é o poder financeiro do capital estrangeiro impondo-se à mídia nacional... fazendo ou tentando fazer a cabeça do povo... tentando banir raízes e tradições locais... é a tentativa de unificação com desrespeito ao individual e ao coletivo de cada uma das Nações... ao social dos povos... impondo-se, à força, o poderio de uma nação sobre os demais... e isso não se pode permitir continuar...
Pregamos a união entre os seres, os povos, as nações, sim... a divulgação de suas Letras e Artes, de suas Culturas, mas... respeitando-se individualidades, as referidas Culturas e tradições... cultuando-as... incentivando-as... buscando-se fazer aflorar, em todos e em cada um em particular, o amor por si mesmo e, ao mesmo tempo, pelo próximo; a paz individual e a paz universal, a fraternidade mundial, o senso de preservação à Natureza, da qual somos parte integrante, fazendo surgir, aos nossos olhos, uma nova Terra, para a qual estamos mantendo agora os olhos vendados, tentando destruí-la em todos os seus largos e estreitos sentidos... perdendo-se completamente a noção dos reais valores da vida... a Terra prometida aos escolhidos – todos os homens de boa-vontade e pureza de coração – o Éden tão desejado e idealizado e que está aqui mesmo, esperando que sejamos suficientemente capazes de descobri-lo, vê-lo, vivenciá-lo, como nos foi ofertado e que, por egoísmo e inveja, deixamos de percebê-lo, perdendo, por nossa cegueira, causada por nós mesmos, a possibilidade de usufruí-lo.
Arranquemos nossas vendas, abramos nossos olhos, disponhamo-nos das vestes da insanidade da força e do poder, da vaidade, do egoísmo e da inveja... fiquemos nus dos nossos defeitos de pensar, sentir e agir como já o fomos antes... sejamos primitivamente puros e todos os tesouros da VIDA serão nossos!...
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O rádio continua a irradiar músicas – muitas lindíssimas – quase sempre estrangeiras...
A Arte não tem nacionalidade, mas os povos, as Culturas têm suas tradições e individualidades, que devem ser cultivadas e preservadas, não as podemos deixar sufocar... Essa foi a missão que me colocou em terras lusitanas e mais especificamente na ILHA DA MADEIRA – FUNCHAL... dar conhecimento aos portugueses, aos madeirenses, ao Mundo que nós, no Brasil, acabamos de fundar o Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais – InBrasCI, cujas saudáveis metas são justamente as acima por mim comentadas e que, para tal conta ele com uma Sede no Rio de Janeiro e uma Chancelaria na Ilha da Madeira, tendo firmado Protocolo com a Associação de Escritores Madeirenses, formando assim uma ponte de união para o Mundo, da qual buscamos abraçar e receber o abraço de todos os povos e nações, na grande esperança que todos os seus Governos estejam dentro desse nosso pensamento alinhados, imbuídos, pois, da maior boa-vontade de ajudar a construir um Mundo melhor para todos e que, de acordo com tal, possam nos dar seu total apoio e ajuda, para que, unidos, equilibremos a Terra, o Universo!